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Elenco original de ‘O Astro’ relembra histórias da novela campeã de audiência

Adaptação da trama da década de 70 cria onda de nostalgia entre os atores que participaram da primeira versão da obra de Janete Clair

Por Leo Pinheiro, do Rio de Janeiro
13 jul 2011, 17h44

“Teve um capítulo atingiu 98 pontos de Ibope. O reencontro do Márcio e da Lili teve mais audiência que um jogo do Brasil na Copa do Mundo da Argentina. Sabendo o quanto o brasileiro gosta de futebol, isso dá a idéia da dimensão que a novela tomou”, lembrou Elizabeth Savalla

Desde que as novelas passaram a fazer parte da vida do brasileiro, algumas obras marcaram de forma definitiva a memória de gerações inteiras de telespectadores. Entre 1977 e 1978, ‘O Astro’ foi um desses marcos do imaginário da população. Se o público se identifica – e tem saudade -, o que dizer de quem participou da trama à frente das câmeras? A noite de terça-feira foi, para quem participou do elenco original, um daqueles momentos de intensa nostalgia.

Tudo o que os atores queram evitar é comparar a versão original da trama criada por Janete Clair com a adapção de Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro. O público, a televisão e o país inteiro eram bem diferentes, como lembra o ator Edwin Luisi. Em uma das manhãs daquele período, Luisi dividiu as manchetes do jornal com a eleição indireta do general João Batista Figueiredo para a Presidência da República. Em outra, a audiência da novela superou à de um jogo da Seleção Brasileira.

“Teve um capítulo atingiu 98 pontos de Ibope. O reencontro do Márcio e da Lili teve mais audiência que um jogo do Brasil na Copa do Mundo da Argentina. Sabendo o quanto o brasileiro gosta de futebol, isso dá a idéia da dimensão que a novela tomou”, lembrou Elizabeth Savalla, com orgulho de sua personagem, que fazia par com Tony Ramos. A atriz fala com saudade do tempo em que voltava das gravações e, no corredor do prédio em que morava, ouvia os televisores de todos os vizinhos ligados na novela. Numa época em que sequer se imaginava algo parecido com a internet, esse era o parâmetro para se ter, em tempo real, a medida do sucesso da trama na TV.

Elizabeth Savalla e Tony Ramos eram um casal em 'O Astro' (400)
Elizabeth Savalla e Tony Ramos eram um casal em ‘O Astro’ (400) (VEJA)
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As lembranças fizeram Elizabeth não apenas se emocionar como pegar o telefone para ligar para a filha de Janete Clair. Telefonei para a Renata Dias Gomes hoje de manhã e conversamos sobre o como a mãe dela foi importante para todos nós. Fiquei com vontade de ligar para todo o elenco daquela época. Infelizmente alguns já morreram. Quando vi a Carolina Ferraz interpretando a Amanda, achei que ela estava igual à Dina Sfat. É claro que ninguém pode se igualar à Dina Sfat, ao talento dela, mas ontem achei Carolina parecida até fisicamente”, diz a atriz.

Atualmente na Record, Edwin Luisi se disse empolgado com as cenas do remake global, e se ateve à atuação de Henry Castelli, que dá vida ao personagem que foi seu na década de 70. “Ele apareceu pouco, mas quando uma cena curta é feita com muita carga dramática mostra ao que veio o personagem. O Henry já mostrou quem é o Felipe no pequeno diálogo que ele teve com a Clô (Regina Duarte)”, elogiou o assassino de Salomão Hayalla na primeira versão.

“Não sou muito saudosista, mas não tem como não vir a lembrança de coisas boas que aconteceram, os amigos que fiz, o fato de estar começando na carreira com muitos deles”, diz o ator. “Seria gostoso reencontrar os ‘Astros’ da primeira versão. Ou, então, a Globo fazer uma homenagem e convidar todos nós para participar do último capítulo”, sugere.

Da França, o ator Stepan Nercessian garante, pelo telefone, que não perderá a exibição do primeiro capítulo na Globo Internacional, exibido com um dia de atraso em relação ao Brasil. Stepan é outro que coleciona boas lembranças da novela. Quase 34 anos após a exibição do primeiro capítulo da obra original, Nercessian conta que seria ele o ator escalado para interpretar o papel de Marcio Hayalla. “Foi um presente da Janete Clair para mim, mas como eu estava escalado para outra novela da emissora eu não pude aceitar. Eu ia fazer ‘Que Rei Sou Eu’, do Bráulio Pedroso, que acabou sendo censurada pela ditadura. A esta altura o Tony Ramos já tinha ocupado o lugar, mas o Daniel Filho acabou me chamando para fazer o Alan Quintanilha, que era o filho do Herculano”, sem arrependimento. “Ser o filho do Francisco Cuoco na ficção não é para qualquer um. Naquela época ele estava no auge. Tenho muito orgulho de ter vivido aquele momento ao lado dele”, relembra emocionado.

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