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Diretor de ‘Amy’ e ‘Senna’ quer fazer filme sobre Maradona

Asif Kapadia, que neste ano concorre ao Oscar de melhor documentário, planeja retratar a carreira do argentino na década de 1980

Por Da Redação
29 jan 2016, 10h10

O cineasta britânico Asif Kapadia, diretor dos documentários sobre a vida – e a morte – de Amy Winehouse e Ayrton Senna, tem um novo personagem em mente para o seu próximo projeto: o argentino Diego Maradona. Segundo a revista The Hollywood Reporter, como o homenageado da vez ainda está vivo, Kapadia planeja focar o filme em uma época específica da vida do ex-atleta. O período escolhido foi aquele em que o jogador atuou na equipe italiana Napoli, nos anos 1980.

Os filmes de Kapadia sobre Amy e Senna foram mundialmente elogiados. O documentário sobre a cantora lhe rendeu indicações ao Oscar e ao BAFTA deste ano na categoria de melhor documentário. O diretor já havia declarado que, mesmo antes de produzir Senna, tinha planos de falar sobre a vida de Maradona. “Fui levado por seu caráter, sua genialidade, honestidade, paixão, humor e vulnerabilidade. Eu era fascinado por sua vida, havia momentos de incrível brilho e dramas, ele era um líder, levando suas equipes até o topo, mas também teve muitas quedas na sua carreira”, disse ele à The Hollywood Reporter.

Maradona começou sua carreira no Napoli em 1984. Essa época foi considerada o auge da sua carreira, já que, em 1986, a seleção argentina venceu a Copa do Mundo. No entanto, o período não foi só de glórias, pois também começaram a surgir polêmicas de que o jogador estava envolvido com drogas e com a máfia local.

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Atualmente, Kapadia está envolvido em um longa sobre a banda inglesa Oasis, no qual atua como produtor. Não há previsão de estreia do filme.

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Diego Maradona Júnior, o filho não reconhecido por Maradona (VEJA)

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Maradona sai em defesa de Messi e chama Neymar de mal educado (VEJA)

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As agressões a jornalistas

Maradona tem um vasto histórico de confusões com jornalistas. No último desentendimento, em agosto deste ano, ele deu um tapa na cara de um repórter ao ser irritar com uma pergunta sobre seu ambiente familiar. “Nem vocês nem seus chefes vão me dizer o que tenho que fazer. Eu tenho um ambiente feliz. Parem de me incomodar, porque tenho 53 anos, já não sou o Dieguito, sou o Diego Armando Maradona”, gritou após a agressão. Esse incidente, no entanto, foi insignificante perto do que Maradona aprontou em 1994: irritado com a presença de jornalistas de plantão em frente à sua mansão, Maradona usou uma espingarda de ar comprimido e atirou contra eles. Por sua atitude, foi condenado a dois anos de prisão, mas escapou de ir para a cadeia após pagamento de fiança.

Pelé e Maradona se abraçam em evento da Fifa em Roma, em 2000
Pelé e Maradona se abraçam em evento da Fifa em Roma, em 2000 (VEJA)

Careca, do Brasil e Maradona, da Argentina durante o jogo entre Brasil 0 x 1 Argentina, partida válida pela Copa do Mundo de Futebol, no Estádio Delle Alpi
Careca, do Brasil e Maradona, da Argentina durante o jogo entre Brasil 0 x 1 Argentina, partida válida pela Copa do Mundo de Futebol, no Estádio Delle Alpi (VEJA)

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Na partida contra a Nigéria, Maradona sai acompanhado de uma enfermeira para realização do teste anti-doping (VEJA)

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Os xingamentos no hino

Maradona não é o tipo de pessoa que se intimida com vaias, nem mesmo vindas de um país inteiro. Na final da Copa de 1990, diante da Alemanha, a torcida italiana (ainda doída pela derrota da Azzurra para a Argentina na semifinal) vaiou o hino argentino no Estádio Olímpico de Roma. Inconformado, o então jogador do Napoli não teve dúvidas e xingou os torcedores italianos (“hijos de p…”) em alto e bom som, diante das câmeras de TV. Após a partida, ainda negou um cumprimento ao brasileiro João Havelange, então presidente da Fifa e seu grande desafeto. 

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A batalha campal de 1984

Maradona não foi feliz em sua passagem pelo Barcelona, entre 1982 e 1984. Sua trajetória no clube catalão chegou ao fim com uma briga generalizada na final da Copa do Rei, diante do Athletic Bilbao, no Santiago Bernabéu. Meses depois de sofrer uma grave lesão após entrada duríssima de Andoni Goikoetxea (que ficou conhecido como “O Açougueiro de Bilbao”), Maradona reencontrou seu algoz na decisão. Derrotado por 1 a 0, Maradona perdeu a cabeça após a partida e iniciou uma briga generalizada, na qual distribuiu voadoras e pontapés. Por sua má conduta, Maradona recebeu três meses de suspensão e foi obrigado a pedir desculpas ao rei Juan Carlos. Pouco depois, deixou o clube para fazer história no Napoli, da Itália. 

Diego Maradona durante visita a 'Gazzeta dello Sport', na Itália
Diego Maradona durante visita a ‘Gazzeta dello Sport’, na Itália (VEJA)

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A briga na Croácia

A mais recente confusão de Maradona aconteceu na Croácia. Poucos dias depois de participar do Jogo pela Paz e de se encontrar com o papa Francisco, no Vaticano, o ídolo argentino foi flagrado em uma briga na cidade croata de Dubrovnik, onde passava férias. Em um vídeo feito com um celular e divulgado pelo jornal local Dubrovacki, Maradona é visto aos gritos, correndo em direção a outra pessoa, na saída de uma casa noturna, aparentemente bêbado. As imagens são de baixa qualidade, tornando difícil entender o que realmente aconteceu na saída da boate. Mas é possível ouvir o barulho de uma garrafa de vidro quebrando – que, segundo testemunhas, foi arremessada pelo argentino – e xingamentos de Maradona contra seu ex-genro, o atacante argentino Sergio “Kun” Aguero, do Manchester City.

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