Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Diretor critica polêmica sobre ‘Último Tango em Paris’: Ridículo

Bernardo Bertolucci afirma que houve um mal-entendido e que atriz sabia da cena de estupro, mas não que manteiga seria usada como lubrificante

Por Da redação
5 dez 2016, 20h10

Bernardo Bertolucci divulgou um comunicado nesta segunda-feira sobre a polêmica que se instaurou acerca de seu filme, Último Tango em Paris (1972), depois que um vídeo com uma entrevista que ele concedeu em 2013 ressurgiu na internet. Na ocasião, ele afirmou que havia conspirado contra a atriz Maria Schneider para filmar uma cena de estupro do longa.

Na entrevista, ele discutia a filmagem da cena, que envolvia o personagem de Marlon Brando usando manteiga como lubrificante para estuprar a moça. “A sequência da manteiga foi uma ideia que tive com Marlon durante a manhã, antes da filmagem”, disse o diretor na entrevista, afirmando em seguida que não informou a atriz da decisão porque ele “queria a reação dela como uma garota, não como uma atriz”.

Depois que o vídeo foi resgatado pela revista americana Elle no fim da semana passada, Bertolucci foi bastante criticado pelo público e também por atores de Hollywood como Jessica Chastain e Evan Rachel Wood. O diretor, agora, deu sua resposta, afirmando que tudo não passou de um “mal-entendido ridículo”.

“Vários anos atrás, na Cinémathèque Française, alguém me pediu detalhes sobre a famosa cena da manteiga. Eu especifiquei, mas talvez não tenha sido claro, que eu tinha decidido com Marlon Brando não informar Maria que a gente usaria manteiga”, diz o comunicado. “Nós queríamos sua reação espontânea para esse uso impróprio (da manteiga). É disso que se trata o mal-entendido. Alguém pensou, ou pensa, que Maria não havia sido informada da violência contra ela. Isso é falso!”

Ele continuou: “Maria sabia de tudo porque ela havia lido o roteiro, onde estava tudo descrito. A única coisa nova que adicionamos foi a manteiga. E isso, como eu descobri muitos anos mais tarde, ofendeu Maria. Não a violência à qual ela foi submetida em cena, que estava escrita no roteiro.”

Maria, que tinha apenas 19 anos quando rodou o filme, afirmou em entrevista ao Daily Mail, em 2007, que havia se sentido “um pouco estuprada” por causa da cena. “Eu fiquei tão brava. Eu devia ter chamado meu agente ou meu advogado no set porque você não pode forçar uma pessoa a fazer algo que não esteja no roteiro, mas, na época, eu não sabia disso”, disse a atriz à publicação. Maria morreu em 2011.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.