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De ‘Visions of Johanna’ a ‘Idiot Wind’, 7 letras de Dylan que valem Nobel

Em seus 79 anos de vida, Bob Dylan - que lança novo disco nesta sexta-feira 19 - produziu versos memoráveis. Conheça suas maiores composições

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 jun 2020, 12h49 - Publicado em 18 jun 2020, 19h08

Em 2016, a Academia Sueca surpreendeu o mundo ao laurear o compositor americano Bob Dylan com o Nobel de Literatura. Nesta sexta-feira, 19, Dylan lança seu 39º álbum de estúdio, Rough and Rowdy Ways o primeiro desde que ganhou o prêmio. Com dez composições, o músico prova que sua capacidade de fazer obras-primas permanece intacta aos 79 anos. De seu primeiro álbum até este último, ele sempre entregou músicas excepcionais. Confira a seguir sete letras clássicas de Bob Dylan que valem o Nobel:

Like a Rolling Stone

Um das melhores e mais conhecidas músicas de Bob Dylan, a faixa foi lançada em 1965 no álbum Highway 61 Revisited. A composição transformou-se em improvável hit radiofônico com uma letra cheia duplos sentidos que começa dizendo “algum tempo atrás você se vestia tão bem” e termina questionando como é a sensação de estar na vida por conta própria, “como uma pedra rolando”.

Visions of Johanna

Considerada por muitos como uma das letras mais bonitas já escritas por Bob Dylan, ela foi lançada no álbum Blonde on Blonde, de 1966. O músico introduz a música de 7 minutos e 30 segundos tocando brevemente sua gaita e já emenda com o marcante verso que diz: “A noite não parece boa para pregarmos peças enquanto você tenta ficar quieta?”. O inconfundível clima country veio de Nashville, no Tennessee, onde ela foi gravada.

Idiot Wind

Lançada no álbum Blood on the Tracks, de 1974, a música ganhou várias interpretações. Algumas pessoas acreditam que ela é direcionada a sua ex-mulher Sara Lowndes. Outros acreditam que a letra fala sobre a Guerra do Vietnã, e que Dylan faria um paralelo entre sua vida pessoal e a guerra, em enigmáticos versos como: “Você não sabia, você não pensou que pudesse ser feito/ No final, ele venceu a guerra após perder todas as batalhas”.

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Blowin’ in the Wind

Outro incontestável hit de Bob Dylan que se transformou imediatamente em música de protesto, embora não tenha sido composta com este objetivo. Os versos são inconfundíveis. Neles, Dylan canta: “Quantas estradas um homem precisa percorrer até que seja chamado de homem? Ou quantas balas de canhão devem ser disparadas até que elas sejam banidas para sempre”. A resposta: “É soprada pelo vento.”

Desolation Row

Uma das músicas mais longas e ambiciosas de Bob Dylan, com quase 12 minutos, tem uma letra surreal que também permite inúmeras interpretações. Descrita por ele como uma música de menestrel, seus versos são tão assustadores quanto incompreensíveis, com citações que vão da história bíblica de Caim e Abel a personagens fictícios como Cinderela, passando por escritores como T.S. Eliot e Ezra Pound.

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Ballad of a Thin Man

Gravada em 1965 para o álbum Highway 61 Revisited, ela conta com uma marcante abertura no piano e uma letra enigmática. Aparentemente, Dylan canta sobre os infortúnios de um tal de Mr. Jones, porém estudiosos do trabalho do cantor acreditam que a letra carregue uma crítica a mídia e a sua inabilidade em compreender as suas músicas. As letras realmente mais confundem que explicam, como quando ele canta: “Você caminha pelo quarto como um camelo e aí você coloca seus olhos no bolso e seu nariz no chão”.

Mr. Tambourine Man

Gravada em 1965 para o álbum Bringing It All Back Home, a música foi apontada como uma das principais composições que valeram o Nobel a Dylan. A letra surrealista pede para que um tal tocador de pandeiro toque uma canção para ele. Dylan canta: “Sim, danço sob um céu de diamantes com uma mão acenando livremente. A silhueta do mar, rodeado por areias circulares, como uma memória navegando sem destino abaixo das ondas”.

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