Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Curtas brasileiros vão a Cannes na raça

'Pátio', de Aly Muritiba, e 'Pouco Mais de um Mês', de André Novais Oliveira, são apresentados nesta quarta-feira no festival de cinema francês

Por Mariane Morisawa, de Cannes
22 Maio 2013, 10h23

Em termos de longas-metragens, a presença brasileira nos festivais internacionais tem sido tímida. Mas os curtas nacionais vão muito bem. Uma prova é o Festival de Cannes, que tem dois filmes brasileiros – um de Curitiba (PR) e outro de Contagem (MG) – selecionados para as mostras paralelas Semana da Crítica e Quinzena dos Realizadores depois de passarem no Festival de Tiradentes, em janeiro.

Leia também:

Novo filme do diretor de Drive recebe vaias em Cannes

Nem nudez de Matt Damon salva Behind the Candelabra

Continua após a publicidade

Irmãos Coen refrescam competição com diálogos afiados

Pátio, de Aly Muritiba, exibido nesta quarta-feira na Semana da Crítica, mira sua câmera para a área de lazer de uma penitenciária no Paraná. Ali, no retângulo de dimensões modestas, os presos são vistos de longe, através de uma grade, jogando futebol, capoeira e conversando sobre família e liberdade. Já Pouco Mais de um Mês, de André Novais Oliveira, que é apresentado hoje e amanhã na Quinzena dos Realizadores, mostra André (o próprio diretor) e sua namorada Élida (interpretada pela namorada do cineasta, Élida Silpe) numa manhã qualquer. O casal conversa, expondo suas dúvidas e inseguranças sobre o relacionamento.

Leia também:

Bruno Gagliasso e a excursão de famosos brasileiros a Cannes

Keanu Reeves aparece irreconhecível em Cannes – a cara do Messi

Os principais candidatos à Palma de Ouro

Continua após a publicidade

Para ambos os diretores, o cinema não foi uma opção imediata. “Fui ao cinema pela primeira vez aos 18 anos, na minha cidade natal não havia sala”, explicou Muritiba, que nasceu na Bahia. Ele teve diversos empregos, inclusive como agente penitenciário, o que lhe rendeu sua trilogia do cárcere, formada por Pátio, A Fábrica (2011) e pelo longa documental A Gente, que está em finalização. Quando se mudou de São Paulo, onde estudou história, para Curitiba, procurou um curso gratuito e encontrou o de cinema. Logo na sequência, começou a se mexer com seus amigos para fazer seus curtas. Agora, prepara seu primeiro longa de ficção, O Homem que Matou a Minha Amada Morta.

Leia também:

Longa de James Franco decepciona em Cannes

Continua após a publicidade

‘Blood Ties’ tem coleção de estrelas e nenhuma qualidade

Cannes: oscarizado, Farhadi discute culpa e verdade

20 dias – André Novais Oliveira também estudou história depois de cursar edificações no colégio técnico. Apaixonado por fotografia e incentivado pelo irmão a ir ao cinema, descobriu um curso, e assim começou sua carreira. De 2004 para cá, foram seis curtas-metragens. “Faço porque amo. Curto estar com as pessoas de que gosto, faço pela amizade também”, disse. Da ideia ao primeiro corte da montagem, Pouco Mais de um Mês levou cerca de 20 dias. Agora, ele também se prepara para rodar seu primeiro longa-metragem, Ela Volta na Quinta-Feira.

Continua após a publicidade

Leia também:

Nem Del Toro e Amalric salvam o tedioso ‘Jimmy P.’

Disparos assustam público no Festival de Cannes

Continua após a publicidade

Cannes: após roubo de joias, outro hotel é alvo de ladrões

Os dois curtas foram feitos com muito pouco dinheiro, sem leis de incentivo – nessas horas, a tecnologia mais barata ajuda e muito. “Não tenho paciência de ficar esperando”, afirmou Muritiba. “Sou novo, cheio de pique e gosto demais de fazer cinema.” Sua produtora, a Grafo, preparou um cronograma para organizar o fluxo dos trabalhos. Na Filmes de Plástico, que André Novais Oliveira divide com três amigos, os projetos são feitos com ou sem dinheiro. “Mas o certo é fazer com, para que as pessoas recebam.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.