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Conrad Murray pega pena máxima: quatro anos de prisão

Médico de Michael Jackson foi condenado por homicídio culposo do cantor, em junho de 2009. Murray também teve a licença médica cassada e não poderá mais exercer a profissão

Por Da Redação
29 nov 2011, 14h58

O médico Conrad Murray foi condenado à pena máxima, quatro anos de cadeia na prisão de Los Angeles, por ter causado, mesmo involuntariamente, a morte de Michael Jackson ao administrar uma alta dose do anestésico propofol no organismo do cantor. O pedido de liberdade condicional feito pela defesa do médico foi negado pelo juiz Michael Pastor, que justificou sua decisão dizendo que Murray foi criminosamente negligente e realizou um experimento científico com um indivíduo vivo. O médico também perdeu a licença médica e não poderá mais exercer a profissão.

A decisão preliminar no caso, que já indicava a condenação de Murray, mas ainda não lhe atribuia uma pena, foi divulgada pelo júri no dia 7 de novembro. Murray deixou a Corte de Los Angeles algemado e, desde então, aguardava a definição da pena na cadeia.

A setença atendeu à acusação, que defendeu a pena máxima para Murray em um presídio estadual. Uma lei recente da Califórnia, porém, prevê que condenados por crimes não-violentos cumpram suas penas em prisão domiciliar, devido à superlotação das celas estaduais. Os advogados de Michael Jackson também exigiram pagamento de indenização de 100 milhões de dólares. O juiz se mostrou receoso em relação ao valor pedido pela defesa, calculado a partir do lucro estimado do cantor se tivesse apresentado os show da turnê This is It para a qual se preparava. Por enquanto, Murray terá que pagar uma multa de 800 dólares mais 30 dólares relativos à taxa de segurança do tribunal e 40 dólares referentes à condenação criminal.

Antes da pena ser anunciada, advogado designado pela família Jackson leu um pedido emocionado ao juiz Michael Pastor. “Não estamos aqui em busca de vingança, nada poderá trazer Michael de volta. A Bíblia nos lembra que o homem não pode fazer Justiça, mas sim buscar por Justiça. É isso que esperamos ser feito hoje.”

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Iniciado no final de setembro, o julgamento de Conrad Murray foi acompanhado em tempo real pela imprensa americana, com ares de reality show. Nas quatro primeiras semanas, o público viu o poderoso ataque dos advogados de acusação contra Conrad Murray. Evidência após evidência, o médico viu seu calvário ser pintado: sim, ele administrou em ambiente doméstico o poderoso indutor de sono propofol, que só deveria ser usado em hospitais; sim, ele demorou a pedir socorro; sim, ele omitiu aos médicos de emergência, que receberam o corpo quase sem vida do cantor, o medicamento que o levara a tão arriscada situação.

Depois, os advogados do médico tentaram defendê-lo, usando, entre outras testemunhas, um especialista que afirmou ter certeza de que Michael Jackson era viciado em analgésicos – e que, portanto, teria levado a si mesmo para a overdose que provocou sua morte. Nada capaz de derrubar a pesada argumentação da acusação. Afinal, coube ao médico levar o letal propofol para a casa de seu cliente.

Em momento algum, Murray falou para justificar ou mitigar seus atos. O silêncio foi planejado por seus advogados, que temiam os ataques dos acusadores. Se foi pior ou melhor, não se sabe, mas o cardiologista, que perdeu a licença para clinicar já no anúncio de sua sentença preliminar, se arrependeu de ter calado. Agora, só lhe resta o rumoroso murmúrio da história.

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