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‘Confissões de Adolescente’, o filme: dramas ganham nova roupagem

Adaptação da história que passou pelo teatro, televisão e livro, longa chega aos cinemas nesta sexta-feira com participações das atrizes do seriado exibido pela TV Cultura nos anos 1990

Por Meire Kusumoto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 jan 2014, 13h17

Vinte anos após a primeira exibição da série Confissões de Adolescente pela TV Cultura, entre 1994 e 1996, chega aos cinemas uma nova adaptação da história original da atriz e escritora Maria Mariana, já transformada também em peça pela autora, que deu início à franquia multiplataforma com o livro Confissões de Adolescente, um best-seller de 1992. Ainda que mire uma nova geração e renove a história com elementos atuais como smartphones e redes sociais, Confissões de Adolescente, o filme, carrega o mesmo DNA das outras versões da saga criada pela filha do cineasta Domingos de Oliveira, com foco nos tradicionais dramas adolescentes.

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Confira o teaser de ‘Confissões de Adolescente’, o filme

Exceto pelas drogas, como se verá mais adiante, nenhum assunto que permeie a adolescência fica de fora. Sexo, bullying, está tudo lá. “Não censuramos nada”, disse Cris D’Amato, codiretora da produção ao lado de Daniel Filho, responsável também pela série de TV. “Se você vai falar de adolescente, não pode se privar de abordar nada”, continuou Cris, que falou sobre a escolha de jogar aberto com o espectador durante coletiva de imprensa. “Tudo foi explorado de maneira muito simples.” A regra vale para a nudez parcial das atrizes Sophia Abrahão (a Natasha de Amor à Vida e atual namorada de Fiuk) e Malu Rodrigues, intérpretes das irmãs Tina e Alice, que é mostrada rapidamente e sem alarde.

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Nesse aspecto, o filme segue as diretrizes traçadas em livro-diário por Maria Mariana, que deu vida à personagem Diana na televisão. Além de Maria Mariana, as outras atrizes originais do seriado, Georgiana Góes, Daniele Valente e Deborah Secco, que eram irmãs na tela da Cultura, fazem participações especiais no longa, mas sem influência sobre as novas protagonistas. “O Daniel (Filho) disse para a gente: ‘As personagens são de vocês’. Não nos baseamos nos papéis do seriado, cada uma criou a sua personagem”, disse Malu.

A vontade de desenvolver personagens mais espontâneos era tão grande que os diretores de Confissões chegaram a impedir o envio do roteiro, assinado por Matheus Souza (diretor de Apenas o Fim), às atrizes para os ensaios de gravação. “Nós trabalhávamos a cena sem saber direito o que íamos dizer”, diz Tammy Di Calafiori, intérprete de Talita, a garota mais popular da escola onde estudam três das irmãs do longa-metragem. Os atores fizeram duas leituras do texto antes dos ensaios e, assim, tinham apenas uma noção do que aconteceria em cada cena, para que eles contribuíssem com o roteiro enquanto tentavam lembrar e improvisar os diálogos.

Releitura moderna – No primeiro episódio da série Confissões de Adolescente, Paulo, o pai de quatro meninas interpretado pelo ator Luis Gustavo, reclamava do alto valor da conta de telefone e dizia que pensava até mesmo em instalar um orelhão em casa para reduzir os custos. No filme Confissões de Adolescente, o pai, desta vez interpretado por Cássio Gabus Mendes, também solta os cachorros nas filhas, mas agora por causa dos aparelhos celulares. O longa não é um remake, mera sombra, da série, mas sim uma releitura moderna dos dramas que assolam os adolescentes há tempos.

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Os problemas do cotidiano das meninas, vistos na série, na peça e no livro estão todos no filme, acompanhados das várias primeiras vezes que marcam a adolescência e o começo da vida adulta: o primeiro beijo, o primeiro namorado, as festas, o bullying, a primeira ressaca, a perda da virgindade, o primeiro emprego. Se tudo isso antes acontecia sem o empurrãozinho da tecnologia, no longa as meninas se valem de celulares e da internet para se comunicar e compartilhar ideias e sentimentos.

A história começa quando o pai, Paulo, chega em casa e conta para as quatro filhas que o aluguel do apartamento em que a família mora, no Rio de Janeiro, vai ser reajustado para um valor absurdo. Para o pânico das garotas, que estão acostumadas com o lugar, ele afirma que eles vão ter que procurar outro endereço. O pai nem imagina que as filhas vão se unir e propor um corte de gastos profundo para que a família possa pagar o novo aluguel.

Esse mote é deixado de lado aos poucos para que os dramas adolescentes roubem a cena. Tina (Sophia Abrahão), a mais velha, divide seu tempo entre a faculdade de direito, o namorado, Lucas (Hugo Bonemer), e a convivência com as três irmãs. Como estuda em outra cidade, mora sozinha em um apartamento próximo à universidade, pago pelo pai. Sua contribuição para que a família permaneça no local onde mora é procurar emprego para livrar o pai da sua despesa.

Bianca (Isabella Camero) e Alice (Malu Rodrigues) ainda estão no Ensino Médio, cenário propício para romances e problemas. Bianca afirma ter um namorado, mas ele nunca é visto, nem por suas amigas nem pelo espectador. Já Alice, nós acompanhamos tentando encontrar oportunidade para perder a virgindade com o namorado, Marcelo (Christian Monassa). Por sua vez, a irmã caçula, Karina (Clara Tiezzi, que está no ar em Malhação como Clara), na faixa dos 13 anos, ainda tem um pé na infância e outro na adolescência, e dá, inicialmente, menos atenção para a temática amorosa.

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O filme consegue lidar com o universo adolescente sem pieguices e pudores desnecessários. Poucos assuntos foram deixados de fora, caso das drogas, que não são sequer mencionadas, mas também não fazem falta. A gama de temas abordados é tão ampla que poucos adolescentes – e adultos nostálgicos – não se sentirão representados, em um aspecto ou outro, na tela do cinema.

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