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Como Mario virou “Super Mario’’

Morre o empresário que inspirou o nome do personagem da Nintendo

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 20h04 - Publicado em 9 nov 2018, 07h00

No início da década de 80, o empresário Mario Segale, que atuava no setor de imóveis em Tukwila, subúrbio de Seattle, alugou um armazém de 5 500 metros quadrados a uma pequena empresa de games do Japão que buscava se expandir, e para isso considerava obrigatória sua presença nos Estados Unidos. A certa altura, no entanto, a Nintendo — era essa a tal companhia inquilina de Segale — começou a atrasar os pagamentos. Irritado, o empresário decidiu ir pessoalmente cobrar a dívida. Pegou a equipe reunida, que então quebrava a cabeça para dar nome a um personagem do game Donkey Kong. Sem se importar com o ambiente de trabalho, Segale, filho de imigrantes italianos, soltou o verbo, no melhor estilo de suas raízes. Acabou arrancando de Minoru Arakawa, fundador da Nintendo americana, a promessa de que tudo estaria resolvido em dias. Assim que Segale foi embora, Arakawa e seus funcionários decidiram que o personagem — às voltas com diversos percalços — se chamaria Mario.

A brincadeira colou. Pouco tempo depois daquele tenso encontro inicial, nasceu um jogo hoje clássico, o Super Mario Bros, sinônimo de Nintendo. A origem do nome do famoso protagonista foi contada pela primeira vez em detalhes no livro Game Over: Como a Nintendo Conquistou o Mundo, de 1993, escrito por David Sheff. Em um vídeo veiculado pela própria empresa japonesa em 2015, Shigeru Miyamoto, designer e produtor do Super Mario e de outros jogos eletrônicos da Nintendo, confirmou a história.

Mario Arnold Segale nasceu em Seattle, no Estado de Washington. Seus negócios prosperaram lá mesmo. Em 1998, o empresário se desfez deles: vendeu tudo a uma companhia irlandesa por 60 milhões de dólares. Numa entrevista concedida no início daquela década, Segale brincou que continuava esperando por um pagamento — não do antigo aluguel de seu imóvel, mas dos royalties pelo batismo do Super Mario. Ele morreu no dia 27 de outubro, aos 84 anos, de causa não revelada, em Tukwila.


Dabadabadá…

Um andamento de bossa nova, com um “dabadabadá” que ainda hoje é cantarolado em elevadores e salas de espera, adesivo que só ele: o tema de Um Homem, uma Mulher, de 1966, consagrou seu compositor, o francês Francis Lai. Nascido em Nice e formado no meio jazzístico de Paris, ele teve canções gravadas até por Edith Piaf, mas a consagração veio com as trilhas sonoras. Quatro anos depois de Um Homem, uma Mulher, Lai assinou o tema principal do xaroposo Love Story – Uma História de Amor, que lhe valeu um Oscar. Morreu no dia 7, de causas não reveladas, aos 86 anos.

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O trompetista do rap

Roy Hargrove ainda estava no ensino médio, em Dallas, quando foi descoberto, em 1987, por Wynton Marsalis, uma autoridade do jazz. Ao contrário de seu mentor, purista da tradição, Hargrove — trompetista, como Marsalis — buscou novos gêneros musicais. Participou de discos de soul e hip-hop com o Soulquarians, grupo que também teve os cantores D’Angelo e Erykah Badu e o baterista Questlove. Aprofundou seus estudos em rap no projeto RH Factor e pesquisou a música cubana no álbum Habana, de 1997, que lhe renderia um de seus dois prêmios Grammy. Hargrove sofria de problemas renais e havia treze anos era submetido a sessões de hemodiálise. Morreu no dia 2, aos 49 anos, em Nova York, de ataque cardíaco.

Publicado em VEJA de 14 de novembro de 2018, edição nº 2608

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