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Como fazer de São Paulo a Nova York da América Latina

Em evento paralelo ao simpósio Arq. Futuro, arquitetos e urbanistas discutiram formas de solucionar problemas crônicos da cidade, como transporte e segurança

Por Da Redação
25 set 2012, 00h02

O diplomata André Corrêa do Lago trouxe um dado supreendente para a abertura do debate “A metrópole na encruzilhada: o futuro de caos ou ordem nas megacidades em crescimento”, evento paralelo ao simpósio Arq. Futuro. Convidado para mediar o encontro, ele afirmou que, até 2050, a América Latina será a região mais urbana do mundo, com 95% de sua população vivendo em cidades.

Como São Paulo é a segunda maior cidade latino-americana, atrás apenas da Cidade do México, o futuro da capital paulistana é algo que preocupa não apenas seus moradores e governantes, mas também arquitetos e urbanistas que pensam o mundo contemporâneo.

As mudanças ocorridas em Nova York nos últimos anos serviaram de parâmetro para o debate. “As cidades podem aprender entre si”, disse o urbanista Thaddeus Pawlowki, do Departamento de Planejamento de Nova York. “Alguns princípios que podemos dividir com São Paulo”

Além do americano, participaram do debate o arquiteto chileno Alejandro Aravena, ganhador do leão de prata na Bienal de Arquitetura de Veneza em 2008; o fundador do Instituto Urbem Philip Yang, o arquiteto Sergio Magalhães e o presidente do Insper, Claudio Haddad. O evento teve também a presença de dois candidatos à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB), que foram convidados a falar sobre suas propostas para tornar São Paulo uma cidade viável ao seu próprio desenvolvimento. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso prestigiou o encontro.

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Transporte – Os debatedores concordaram que a primeira medida para aproximar São Paulo da metrópole americana é tirar os carros das ruas. Para isso, foram sugeridos aumentar os custos para o uso do carro na cidade e direcionar uma verba maior verba para ajudar custear o transporte público.

O arquiteto chileno Aravena, porém, discordou que a cidade deva investir, principalmente, na expansão de linhas de metrô para ter um transporte público de qualidade. Esse meio de locomoção, segundo ele, é muito caro para o padrão de vida dos brasileiros, por isso, sua sugestão é apostar na ampliação das linhas de ônibus.

Philip Yang foi mais radical e lembrou de uma sugestão levantada no simpósio, no Auditório Ibirapuera. “É preciso aumentar o número de ciclovias e extinguir as vagas de zona azul.”

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Segurança – Outro ponto debatido entre os participantes foi a questão da segurança. “São Paulo funciona sob uma lógica de países desenvolvidos: a população frequenta shopping centers, só anda de carro e almeja morar em bairros fechados”, argumentou Corrêa do Lago, que se apresena como crítico de arquitetura.

Para mudar essa lógica, e impedir que a cidade se divida em guetos, é preciso estimular a cidadania e a ocupação dos espaços públicos. A praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi citada como referência pela maioria para exemplificar uma forma bem-sucedida de boa convivência entre integrantes de diversas classes sociais.

O argumento foi gancho para debater outro ponto importante no desenvolvimento da cidade, a sustentabilidade. Para o chileno Aravena, a natureza tem um grande poder agregador social e, por isso, deve ser preservada nas grandes cidades. No caso de São Paulo, o fenômeno da praia de Copacabana poderia ser repetido à beira dos rios da cidade, todos entregues à poluição crônica.

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