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Com Tina Fey e Amy Poehler, ‘Irmãs’ é ‘American Pie’ para meia-idade

Amizade entre as comediantes é o trunfo na nova comédia, que tem bons momentos, mas deixa a desejar

Por Vivian Carrer Elias
22 jan 2016, 07h42

Tina Fey e Amy Poehler estão entre as principais comediantes dos Estados Unidos e fazem sucesso especialmente quando trabalham lado a lado. A amizade entre as duas é tão frutífera e engraçada na televisão americana que a dupla se tornou célebre em programas como o Saturday Night Live e à frente da cerimônia do Globo de Ouro – apresentada por elas durante três anos seguidos. Por isso, quando Tina e Amy anunciaram o retorno da dupla aos cinemas – a última vez havia sido em Uma Mãe Para o Meu Bebê (2008) – a expectativa de muitos era de que a comédia Irmãs fosse uma das mais engraçadas dos últimos anos. A promessa, contudo, não se cumpriu inteiramente.

O longa é centrado nas personagens Kate (Tina) e Maura (Amy), duas irmãs na casa dos 40 anos com personalidades completamente diferentes, embora se relacionem bem. Mãe solteira de uma adolescente, Kate não consegue se fixar em emprego algum. Sem dinheiro, sem responsabilidade e sem juízo, ela se vê também sem ter onde morar. Já Maura é uma enfermeira recém-divorciada que vive só. Ao contrário da irmã, é recatada, ingênua e busca sempre ajudar o próximo.

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A história mostra as protagonistas voltando a Orlando, cidade natal delas, para desocupar os quartos da casa onde cresceram, que será vendida pelos seus pais. Elas, então, resolvem dar uma última festa na casa, mas dessa vez se desprendendo dos estereótipos que as acompanharam desde a adolescência – como fica provado ao relerem seus antigos diários. Kate, que sempre foi extrovertida, festeira e namoradeira, se compromete a não beber na festa para cuidar dos convidados e da casa. Assim, Maura, que foi uma jovem responsável demais para a sua idade, poderá finalmente se divertir, beber e tomar coragem para flertar com o vizinho bonitão.

Boa parte do restante do filme se passa na caótica festa. As sequências malucas de pessoas consumindo álcool, perdendo o controle da diversão, se jogando na piscina e destruindo a casa têm algo de filmes como American Pie ou Se Beber Não Case. Irmãs seria, portanto, uma grande repetição, se não fosse o fato de mostrar adultos desacostumados com a diversão adolescente em um ambiente completamente juvenil. A roteirista do longa, Paula Peel (Saturday Night Live), disse que tirou muitas ideias de seus próprios diários da infância e de situações vividas por pessoas próximas a ela. “Eu me lembro da minha mãe dizendo, há alguns anos, que a coisa mais difícil de envelhecer é que você nunca se sente com a idade que tem”, contou ela em uma entrevista. É o caso, definitivamente, das protagonistas de Irmãs.

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Dirigido por Jason Moore (A Escolha Perfeita), Irmãs possui momentos engraçados, principalmente nas cenas menos caóticas e com piadas mais sutis, que são bancadas pelo bom tempo cômico das atrizes. Por exemplo, em um diálogo entre Maura e sua manicure coreana ou entre Kate e seu desafeto de adolescência. O longa ganha quando evita lugares-comuns de comédias do tipo, como o fato de não reforçar rivalidade entre mulheres.

Por outro lado, as protagonistas carregam certos clichês, o que dá a sensação de certo desperdício na escalação de atrizes como as duas para papeis assim. A antiga e conhecida sintonia da dupla, porém, é visível e a principal garantia de risadas. Mas a verdade é que haveria apenas uma forma de Irmãs ser um filme ainda mais engraçado – e o mais divertido dos últimos tempos: se Tina Fey e Amy Poehler interpretassem elas mesmas.

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