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Com polêmica de Aquarius, Ingra Lyberato deixa comissão do Oscar

A atriz anunciou sua saída do grupo, um dia depois do cineasta Guilherme Fiúza Zenha

Por Da redação
Atualizado em 26 ago 2016, 16h19 - Publicado em 26 ago 2016, 15h28

Ingra Lyberato decidiu deixar a comissão responsável por escolher o filme brasileiro que vai concorrer a uma vaga ao Oscar 2017. A atriz divulgou sua decisão nas redes sociais um dia depois da saída do cineasta Guilherme Fiúza Zenha. Os dois eram parte de um grupo de nove especialistas escolhidos pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura.

“Aceitei o convite por conhecer a intenção do Alfredo Bertini e acreditar naquele momento, que o processo poderia ser construtivo e baseado no interesse de todos”, escreveu a atriz. “Há alguns dias comecei a sofrer por causa da retirada de alguns filmes preciosos. Estou diante da minha classe insatisfeita e clamando por justiça.”

A decisão de ambos os especialistas está ligada à controvérsia do filme Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, e da desistência de outras fortes produções da competição: Boi Neon, de Gabriel Mascaro, e Mãe Só Há Uma, de Anna Muylaert. Nesta sexta-feira, pouco depois da saída de Ingra, o cineasta Aly Muritiba também anunciou a retirada do filme Para Minha Amada Morta da disputa. A ação dos diretores visa dar destaque à Aquarius, que, segundo os profissionais citados, estaria sofrendo uma retaliação política.

“Como a comissão tem sua legitimidade questionada por grande parte de nossa classe, me retiro em respeito a minha própria tribo, lamento profundamente esse conflito e torço para que nova comissão encontre legitimidade. Nós todos merecemos uma conclusão harmônica nesse processo”, diz Ingra, que antes havia feito uma publicação no Facebook, analisando toda a situação (confira abaixo).

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Entenda o caso – Em maio deste ano, o elenco do filme Aquarius promoveu um protesto no tapete vermelho do Festival de Cannes contra o impeachment de Dilma Rousseff. A ação levou grupos pró-impeachment a pedirem por um boicote à produção, quando ela estrear no Brasil. Entre eles o crítico Marcos Petrucelli, que, dois meses depois, foi convidado para fazer parte da comissão do Oscar no Ministério da Cultura.

A presença de Petrucelli causou desconforto entre a classe cinematográfica, situação agravada quando o filme recebeu do Ministério da Justiça, na última semana, a classificação indicativa para maiores de 18 anos. A censura causou, pouco a pouco, a debandada de filmes e integrantes da comissão.

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