Clima anti-Trump marca Oscar honorário de Jackie Chan
Vitória do magnata 'foi um momento terrível para o mundo', declarou na cerimônia o Howard de 'The Big Bang Theory'
A cerimônia de entrega do Oscar honorário a Jackie Chan, na noite de sábado, em Los Angeles, foi marcada por uma atmosfera anti-Trump. Hollywood apoiou de forma quase unânime a democrata Hillary Clinton na Casa Branca, para quem arrecadou milhões de dólares, e agora mostra preocupação com o futuro dos Estados Unidos com Donald Trump.
Durante a cerimônia, Tom Hanks disse, em tom de ameaça, que Trump “tem uma grande responsabilidade e muito a demonstrar a partir de 20 de janeiro de 2017”, dia de sua posse. Já Simon Helberg, o Howard da sitcom The Big Bang Theory, foi além e afirmou que a vitória do magnata “foi um momento terrível para o mundo” e desejou que “o governo Trump não prejudique o futuro”.
Independentemente de sua angústia política, todos os presentes ficaram de pé para aplaudir Jackie Chan, um dos maiores artífices do cinema de ação, graças a seus 200 filmes. “Depois de 56 anos na indústria do cinema, de fazer mais de 200 filmes e de quebrar tantos ossos, afinal é minha”, exclamou, referindo-se à ambicionada estatueta do Oscar.
A editora Anne Coates (Lawrence da Arábia), o diretor de casting Lynn Stalmaster (A Primeira Noite de um Homem) e o cineasta de documentários Frederick Wiseman (Titicut Follies) também foram homenageados com um Oscar honorário.
(Com agência France-Presse)