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Centro histórico de Lima passa do caos a bairro da moda em 20 anos

Por Da Redação
20 dez 2011, 09h03

Mónica Martínez.

Lima, 20 dez (EFE).- Desde que foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade, o centro histórico de Lima deixou de ser uma região perigosa e passou a ser o novo bairro da moda da capital peruana, com frequentes atividades e espetáculos ao ar livre.

Nesta semana, faz 20 anos que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) declarou o centro histórico de Lima como Patrimônio Cultural da Humanidade, devido a seus mais de 400 monumentos, entre prédios públicos como o Palácio de governo e complexos religiosos, como o convento de San Francisco.

Ao transformar o bairro em patrimônio da humanidade, a Unesco busca chamar a atenção das autoridades locais de que esta é a única maneira de impedir o desaparecimento da área, explicou à Agência Efe o arquiteto José Rodríguez, gerente do escritório municipal encarregado da recuperação do centro (Prolima).

‘Há 20 anos, Lima sofria um crescente processo de deterioração. Praticamente ninguém vinha ao centro, pois era perigoso nos anos 1980’, disse Rodríguez em referência à violência daquela época. Segundo ele, os vendedores ambulantes ocupavam totalmente as ruas até os anos 1990, quando o então prefeito Alberto Andrade ganhou a batalha para despejá-los.

A restauração do centro histórico começou sob a gestão de Andrade (1996-2002), que foi reeleito duas vezes e se mudou com a família para um casarão próximo ao palácio municipal e ao palácio do governo.

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Durante esse período, a Prefeitura começou a recuperar praças e arredores de Barrios Altos – uma área muito antiga que concentra grande parte dos 100 mil moradores do centro em casas miseráveis -, contratou empresas de restauração e criou um regulamento para ordenar o centro histórico.

Na gestão do prefeito Luis Castañeda (2003-2010), as casas localizadas no Damero de Pizarro (complexo de ruas que rodeia o Palácio do Governo) foram recuperadas e US$ 26 milhões foram investidos na restauração do Teatro Municipal.

Rodríguez ressaltou que aquele era o momento de ordenar o Damero de Pizarro com vários projetos para transformar o centro histórico e restringir o trânsito de veículos, o que revoltou taxistas e motoristas de ônibus.

‘Esperamos concluir o plano diretor do centro em 2012, pois sabendo como vamos reconstruir esta cidade nos próximos 20 anos podemos começar a investir desde já’, afirmou Rodríguez.

Atualmente, a Prefeitura de Lima iniciou uma série de programas para promover a circulação de pedestres no centro, com cartazes e espetáculos nos finais de semana, ao mesmo tempo que empresas escolheram o centro para inaugurar lojas e restaurantes de luxo, além de shows gratuitos.

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Rodríguez informou que a Prefeitura conta com um orçamento de US$ 74 milhões para a revitalização da área, especialmente de várias praças e prédios de Barrios Altos, regiões que atualmente possuem alto índice de criminalidade.

Entre os principais edifícios a ser reformados, estão o Hospital San Andrés, que data do século 18 e é considerado o primeiro hospital de Lima, e também um cinema da praça Itália, que será reformado para receber o projeto de orquestras sinfônicas juvenis de Lima.

A Igreja de la Soledad, que fica dentro do complexo religioso de San Francisco, e foi o primeiro monumento da capital declarado Patrimônio Cultural da Humanidade em 1988, também será restaurada. EFE

mmr/ms/sa

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