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Bob Dylan ressurge: ‘Irei à cerimônia do Nobel… se eu puder’

Músico se pronuncia pela primeira vez sobre o prêmio da Academia Sueca, anunciado duas semanas atrás

Por Da redação
Atualizado em 28 out 2016, 20h46 - Publicado em 28 out 2016, 20h27

Duas semanas depois de ser anunciado como o vencedor do Nobel de Literatura 2016, Bob Dylan finalmente deu sinal de vida. Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, o músico afirmou que deve comparecer à cerimônia de entrega do prêmio, marcada para 10 de dezembro, quando receberá um cheque no valor de 750.000 libras. “Com certeza”, disse. “Se for possível.”

Desde que foi anunciado vencedor do Nobel pela Academia Sueca, Dylan não havia se pronunciado sobre o assunto – a única referência ao prêmio tinha sido uma menção em seu site, que foi excluída horas depois de ter sido feita. O músico, ainda, teria se recusado a atender o telefonema de representantes do Nobel. Um integrante da Academia Sueca, irritado com o comportamento do americano, chegou a chamá-lo de arrogante.

Ao falar com o Telegraph, porém, o americano parece ter ficado feliz com o reconhecimento. “É difícil de acreditar”, disse. “Surpreendente, incrível. Quem sonha com algo assim acontecendo?” Questionado sobre o motivo que o levou ao mais completo silêncio após saber que havia ganhado, ele apenas brincou: “Bem, eu estou bem aqui”.

“Letras homéricas”

O jornal também perguntou se Dylan concordava com a comissão responsável pelo Nobel, que afirmou que suas canções estavam lado a lado com grandes obras literárias. “Se você olhar para o passado, para 2.500 anos atrás, vai descobrir Homero e Safo, que escreveram textos poéticos que deveriam ser ouvidos, deveriam ser apresentados, geralmente com instrumentos. É a mesma coisa com Bob Dylan”, disse Sara Danius, secretária da Academia Sueca.

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Dylan foi cauteloso na resposta. “Acredito que sim, de certa forma. Algumas das minhas músicas – Blind Willie, The Ballad of Hollis Brown, Joey, A Hard Rain, Hurricane e outras – definitivamente têm valor homérico.” O músico, no entanto, passa longe de explicar suas composições, afirmando que não é “qualificado” para isso.

Artes visuais

Dylan está prestes a abrir uma exposição de suas telas na galeria Halcyon, em Londres, em 5 de novembro. Na entrevista, o músico comparou a pintura à arte de escrever canções. “Há certa intensidade no ato de escrever uma música e você precisa ter em mente por que está escrevendo, para quem e para que propósito. Pinturas, e, de maneira geral, filmes, podem ser criados para promover algo, enquanto canções, não.”

O artista contou que se dedica à pinturas sempre que pode. “Eu simplesmente faço”, afirmou. “Em qualquer tipo de lugar. Onde eu estiver. Você pode carregar um caderno de rascunho sempre.”

Músico, escritor, artista plástico, diretor e ator, Dylan conhece seus próprios limites. “Você tem que saber o seu lugar. Deve haver algumas coisas que estão além dos seus talentos. Tudo o que vale a pena leva tempo para ser feito. Você precisa escrever uma centena de músicas ruins antes de escrever uma boa. E você precisa sacrificar muitas coisas para as quais você talvez não esteja preparado. Goste ou não, você está nessa sozinho e precisa seguir seu próprio caminho.”

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