Black Sabbath embala nostalgia durante show em SP
Último show da banda no Brasil mostrou o melhor de sua trajetória, sem se estender demais em nenhum ponto
Ozzy Osbourne exigiu demais de seus fãs, ou sua performance não foi suficiente para gerar o furor esperado por ele na apresentação deste domingo, em São Paulo. Embora clara a emoção dos presentes em assistir os últimos shows do Black Sabbath, o público em geral preferiu curtir o espetáculo embalados pela nostalgia e os hits que deram fama a banda.
Em sua formação original — Ozzy no vocal, Tommy Iommi na guitarra e Geezer Butler no baixo — o Black Sabbath contemplou o nome The End Tour (a turnê final) na apresentação do Estádio do Morumbi, e pincelou toda sua trajetória. De Black Sabbath à célebre Paranoid, o grupo passou por Fairies Wear Boots, Into The Void, Iron Man, Dirty Woman e Children of The Grave, quase em sequência cronológica.
Cada um dos músicos se despediu dos fãs brasileiros de seu modo, no seu tempo. Antes o “devorador de morcego”, Ozzy esbanjou simpatia perante o público, com direito a piadinhas quanto a chuva torrencial que caia: “singing in the rain” (Cantando na chuva, em tradução livre. Tema do clássico filme de Gene Kelly). Iommi, por sua vez, apresentou os riffs que o fizeram famoso, com a mesma maestria de outrora.
O baterista e o tecladista Tommy Clufetos e Adam Wakeman, respectivamente, ambos parte da banda solo de Ozzy, completaram a formação vista em São Paulo. Em um dos pontos altos do show, Clufetos — exímio baterista, diga-se — levantou o público com um solo espetacular.
Com o show deste domingo (um dia depois do aniversário de Osbourne), o Black Sabbath encerrou a passagem da The End Tour pelo Brasil, tendo visitado Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro ao longo da última semana. O grupo finaliza, de uma vez por todas, seus trabalhos em fevereiro, na cidade de Birmingham, na Inglaterra.