‘BBB16’ tenta recuperar audiência com elenco de ‘gente comum’
Programa aposta em participantes entre 19 e 64 anos de origens e trajetórias distintas para recuperar o público perdido
Previsto para entrar no ar às 22h20 desta terça-feira, na Rede Globo, o reality show mais famoso do Brasil pretende fazer valer a promessa não cumprida na edição anterior: cativar o público com um elenco de “gente comum”, ou seja, de pessoas que possam causar empatia e identificação no telespectador, ao contrário do manjado casting de saradões e bonitonas de sempre.
Dos doze participantes selecionados para a estreia, cinco são “trintões”. A estudante Munik e a youtuber Maria Cláudia, de 19 anos, são as Lolitas da vez, enquanto a jornalista Harumi, aos 64, ostenta o status de jogadora mais velha de todas as edições. Vivências diferentes, personalidades assumidamente fortes e o estresse do confinamento compõem o quadro necessário para os conflitos que todos dizem detestar, mas que ninguém deixa de participar (nem de assistir). E, embora a emissora não confirme, há a possibilidade de mais quatro candidatos entrarem na casa nos próximos dias.
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O mix etário do BBB16, segundo o diretor-geral da atração, Rodrigo Dourado, vai provocar mudanças nas tradicionais provas do programa, principalmente nas de resistência. Algumas serão realizadas em grupo, com etapas que envolverão também esforço mental. Trata-se de uma maneira de manter todos os brothers em condição de igualdade na disputa.
No mais, a rotina da casa continua a mesma: provas do líder, do anjo e da comida, paredões aos domingos e eliminações às terças. Como é de praxe, paredões e eliminações surpresa podem ocorrer. Os moradores serão vigiados por mais de setenta câmeras, 24 horas por dia. O último a sair, daqui a três meses, embolsa o prêmio de 1,5 milhão de reais.
Apesar das cenas calientes entre os casais Talita e Rafael e Aline e Fernando (e, posteriormente, do mesmo com Amanda), o BBB15 amargou índices baixos ao longo de toda a edição. A final registrou a terceira pior audiência entre os últimos episódios de todas as edições do programa (as outras ruins aconteceram em 2012 e 2014). Foram 27 pontos no Ibope, sendo que cada um equivale a 67.000 domicílios na Grande São Paulo.
Se a identificação com o público acontecer, tais números podem aumentar. Seja qual for a audiência, porém, uma coisa é certa: a Globo continua faturando – e muito – com o programa. As seis cotas de patrocínio, que dão direito a comerciais de 30 segundos nos intervalos e nas chamadas, devem render à emissora uma receita bruta de 190 milhões de reais. Além disso, a Globo negocia ações de merchandising e comerciais avulsos, o que deve somar mais de 300 milhões de reais. Alguém ainda duvida que vai haver uma 17ª edição?