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Banda Magic!: ‘Nossa música parece brasileira’

Grupo canadense fala ao site de VEJA sobre a curta — mas intensa — relação com o Brasil e a fama de banda de um hit só: ''Rude' é muito boa'

Por Rafael Aloi
3 Maio 2016, 11h56

“É tão frio lá no Canadá, que nossa missão é levar o calor”, diz Alex Tanas, baterista da banda de reggae Magic!, ao site de VEJA. Com apenas quatro anos de estrada, os canadenses dominaram as rádios no início de 2014 com a grudenta faixa Rude – canção que no YouTube está perto de bater 900 milhões de visualizações. O sucesso repentino trouxe o grupo para um primeiro show no país em 2014, em São Paulo, e garantiu uma vaga na edição de 2015 do Rock in Rio. Eles ainda voltaram em janeiro deste ano, para um show no festival Planeta Atlântida, no litoral norte do Rio Grande do Sul.

As experiências no país foram boas para o grupo – formado pelo vocalista Nasri; o guitarrista Mark Pelli; o baixista Ben Spivak; e o baterista Alex Tana. Tanto que os rapazes estão novamente no Brasil para sua quarta apresentação por aqui. Desta vez, eles fazem um show pequeno e exclusivo, em parceria com o canal de vídeos Vevo, que vai transmitir a apresentação ao vivo, a partir das 17h15 desta terça-feira. O quarteto promete apresentar algumas músicas inéditas do seu novo álbum, Primary Colors, o segundo da carreira, que será lançado em 1º de julho deste ano.

Durante a entrevista, os canadenses falaram sobre a cultura brasileira e a relação do Canadá com o reggae, além de garantir que não têm medo de serem conhecidos como a banda de um hit só.

No ano passado, vocês tocaram no Rock in Rio, e agora vão fazer um show privado, bem menor. Como é tocar para esses dois formatos tão diferentes?

Nasri: Desta vez estamos aqui para atrair atenção para o nosso novo álbum, Primary Color. A ideia é causar ansiedade. Depois, voltaremos para uma turnê completa.

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Em apenas quatro anos de carreira, vocês já se apresentaram três vezes no Brasil. Pelo jeito gostaram do país.

Nasri: O pessoal do aeroporto já nos vê e diz ‘e aí?’, ‘como está seu filho?’ (risos).

Mark: É bem gostoso, já aprendemos o básico de português, já conhecemos a cidade. Você voa por 15 horas e é como se estivesse em casa.

Vocês são canadenses que tocam reggae. Como foram parar nesse estilo?

Mark: Poucas pessoas sabem disso, mas Toronto tem muitos jamaicanos. Na verdade, lá existe a segunda maior comunidade de jamaicanos do mundo, portanto sempre tivemos muito contato com o reggae. Nós somos músicos, e gostamos dos mais diversos estilos, então você pode sempre pegar algo emprestado de algum outro estilo. Não precisa ter nascido em um lugar com um clima mais quente, para fazer um certo estilo de música.

Alex: É tão frio lá no Canadá, que nossa missão é levar o calor.

O maior hit da banda é Rude, lançado em 2013, mas que ainda toca muito nas rádios brasileiras.

Nasri: Essa é uma ótima notícia, mas temos muitas outras músicas. Eu acredito que, por razões variadas, essa canção tem um pouco de tudo, a história, a melodia, o ritmo. Nós pegamos a energia dessa música e colocamos no novo álbum. É ótimo que as pessoas ainda toquem e ouçam Rude, mas acho que elas vão gostar das novas faixas também.

Existe o medo de ser a banda de um hit só?

Nasri: Eu não tenho medo de nada. A música é muito boa, não existe nenhum problema em ter uma canção tão grande assim.

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Com a relação próxima do Brasil, vocês se sentem inspirados pela música local?

Nasri: Sim. Nossa música parece brasileira, pois tem um ritmo dançante. Eu amo o ritmo do violão da Bossa Nova.

Alex:Tem o pagode também, o samba.

Mark: A música daqui imediatamente te leva a um novo lugar.

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Nasri: Especialmente para nós que crescemos no Canadá, no meio do frio e da neve. Nós tínhamos alguns amigos brasileiros, e quando eles começavam a tocas canções daqui, ficávamos muito empolgados. A música é um reflexo do povo brasileiro. Vocês são muito emotivos, são pessoas fáceis de lidar e muito legais, isso se reflete na música. Percebemos isso, mesmo não entendendo o que vocês estão falando.

Gostam de algum artistas ou estilo em especial?

Alex: Gosto do Zeca Pagodinho. Na verdade, não sei exatamente em qual categoria cada música se encaixa, mas conhecemos muitos artistas brasileiros, como Caetano Veloso e Chico Buarque. Da última vez que estávamos aqui o hit era um funk Baile de Favela. Isso eu sei que não é pagode (risos).

Mark: Dá para sentir a cultura brasileira pulsar na música. O nosso país é formado por culturas de diversos locais, mas a brasileira é uma das mais fortes, com o esporte, a música e a comida também. Amamos a comida. Comemos um monte de pão de queijo e feijoada (risos).

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Nos clipes, vocês sempre tentam fazer alguma coisa engraçadinha. Esse estilo é algo que pretendem levar para os próximos trabalhos?

Nasri: Isso acontece porque não sabemos fazer clipes (risos). Toda vez que ligam uma câmera, nós ficamos bobos e perdidos.

E sobre o show exclusivo? O que os fãs podem esperar?

Nasri: Novas músicas vão ser tocadas pela primeira vez. Acho que esta é a maior surpresa para os fãs. Na verdade, este álbum foi feito enquanto estávamos na estrada, durante nossa turnê. Os shows influenciaram a composição das novas músicas. Há muitos ritmos e elementos que aparecerão melhor nas performances ao vivo do que o que aconteceu nas nossas músicas anteriores. Colocamos trombetas e outros instrumentos de sopro. Então vamos incorporar alguns elementos novos aos shows. E aprendemos muito nos últimos anos. Antes tínhamos 11 ou 12 músicas para apresentar, agora teremos o dobro.

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