‘Azul É a Cor Mais Quente’ é atacado por associação russa
O longa é acusado de promover “propaganda gay” entre menores de idade e de conter elementos de pornografia infantil
O filme Azul É a Cor Mais Quente já deixou de ser exibido no circuito principal de cinemas pelo mundo, mas continua a causar controvérsias. O longa de Abdellatif Kechiche, que mostra cenas de sexo explícito entre duas moças francesas, se tornou alvo de ataque de uma associação russa, segundo o site da revista The Hollywood Reporter. O filme que traz as atrizes Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux como protagonistas venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2013.
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De acordo com a publicação, certa Liga da Internet Segura enviou reclamações ao ministério público russo e ao ministério da cultura, acusando o filme de promover “propaganda gay” entre menores de idade e de conter elementos de pornografia infantil.
“O longa tem muitas cenas pornográficas, que tomam a maior parte de sua duração”, afirmou o diretor executivo da associação, Denis Davydov, ao jornal russo Izvestia. “Duas mulheres fazem sexo, e uma delas é uma garota de 15 anos. O fato de que essa atriz tenha mais de 18 anos não importa. O público a vê como menor de idade.”
A Liga da Internet Segura pede que o filme seja enquadrado na lei contra a propaganda gay para menores de idade, aprovada na Rússia em 2013. Azul É a Cor Mais Quente não está mais em exibição nos cinemas do país, mas caso seja enquadrado na lei, não deve ganhar exibições pela televisão e internet.
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