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Augusto Cury fala aos eleitores: ‘Devemos ter doses elevadas de paciência’

Escritor divulgou carta aberta em que pede paz e respeito nas eleições

Por Redação
Atualizado em 24 out 2018, 11h09 - Publicado em 24 out 2018, 10h15

O escritor e psiquiatra Augusto Cury divulgou uma carta aberta a VEJA pedindo por paz e respeito no polarizado cenário político brasileiro, e aproveitou para dar sua opinião sobre as qualidades que o próximo presidente do país deve ter para inspirar e servir a sociedade.

“Somos uma única família, uma única nação, mas nosso país está doente: doente financeiramente, pois gasta muito mais do que arrecada, enfermo socialmente pelas injustiças sociais e pela violência que nele se instalou e doente emocionalmente pelo radicalismo que nos contaminou”, diz. “Temos de pacificar nossa nação e ter doses elevadas de paciência. Temos de saber que quem não é capaz de respeitar os diferentes é intelectualmente imaturo.”

O psiquiatra ainda ressaltou como é perigosa a demasia de expectativa depositada em políticos. “O próximo presidente, seja quem for, não será um herói e muito menos um deus, mas um líder político imperfeito, um simples mortal”, diz. “Quem ama e supervaloriza hoje seu líder, amanhã poderá odiá-lo se ele não corresponder às enormes expectativas depositadas sobre ele.”

Por fim, Cury destaca quatro ferramentas de gestão da emoção. Nos pontos, o autor fala sobre desprendimento de poder, e que um presidente deve servir a sociedade, não o contrário; sobre como a democracia é maior que o apego à uma ideologia; a importância do respeito entre os diferentes; e como a humildade e a felicidade podem contribuir para uma nação saudável.

Leia na íntegra abaixo o texto do autor, conhecido por livros como a série O Vendedor de Sonhos, O Código da Inteligência e Gestão da Emoção:

Uma carta aberta do psiquiatra e escritor Augusto Cury à nação

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Tenho cerca de 60 milhões de leitores em nosso país e sinto a responsabilidade de falar algo que queima dentro de mim. Somos uma única família, uma única nação, mas nosso país está doente: doente financeiramente, pois gasta muito mais do que arrecada, enfermo socialmente pelas injustiças sociais e pela violência que nele se instalou e doente emocionalmente pelo radicalismo que nos contaminou. Os desafios do próximo governo serão dantescos.

Temos de pacificar nossa nação e ter doses elevadas de paciência.

Temos de saber que quem não é capaz de respeitar os diferentes é intelectualmente imaturo

O próximo presidente, seja quem for, não será um herói e muito menos um deus, mas um líder político imperfeito, um simples mortal que terá desafios enormes e deverá ser inteligente e inspirador o suficiente para conduzir toda sociedade, mesmo os que têm ideologias distintas, para realizar as reformas necessárias para tornar nossa nação viável, justa e com igualdade de oportunidades.

Sou um dos psiquiatras mais lidos do planeta atualmente e tenho também a responsabilidade de dizer que o amor e o ódio estão mais próximos do que o senso comum imagina: quem ama e supervaloriza hoje seu líder, amanhã poderá odiá-lo se ele não corresponder às enormes expectativas depositadas sobre ele.

Por isso, tantos os líderes políticos como cada cidadão devem vivenciar algumas ferramentas de gestão da emoção para contribuir com a sociedade:

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1 – Entender que só é digno de poder quem é desprendido dele, quem usa este poder para servir a sociedade e não para que a sociedade o sirva

2 – Saber que quem ama sua ideologia política e seu partido mais do que a seu país não é digno de viver em uma democracia.

3 – Entender que nas diferenças devemos nos respeitar e na essência nos aplaudir e nos amar.

4 – Saber que “uma pessoa grande se faz pequena para tornar os pequenos grandes” e que “uma pessoa verdadeiramente feliz dá o melhor de si para que sua nação seja mais saudável e justa”.

Felizes os que aprendem a ser apaixonados pela sua nação e têm um caso de amor com a humanidade.

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