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Após 20 anos, Guilherme Fontes marca data para estreia de ‘Chatô’

Diretor, que foi acusado na Justiça de uso indevido de dinheiro público, jura que agora a cinebiografia de Assis Chateaubriand será lançada; a data planejada é 19 de novembro

Por Da Redação
28 out 2015, 10h32

Estão enfim definidas a data e as salas para o lançamento de Chatô, o Rei do Brasil, filme do diretor e ator Guilherme Fontes que quase virou história. Foi uma longa jornada de 20 anos, desde que Fontes comprou os direitos do livro de mesmo nome de Fernando Morais, em 1995. Por dois anos, ele se dedicou a captar recursos e, em 1999, começou a filmar, um processo que se arrastaria por dezesseis anos — só terminou agora, em 2015 — em meio a interrupções e batalhas na Justiça. Pelo enorme atraso em seu cronograma, Fontes foi acusado de uso indevido de dinheiro público, acusação da qual só se livrou em maio deste ano. Agora, o ator e diretor assume ele mesmo a missão de levar o longa ao público.

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O filme será distribuído pelo próprio Fontes, que declinou de duas distribuidoras, primeiramente nas duas principais capitais do país: São Paulo (25 cópias) e Rio (15), em 19 de novembro. Depois, virão Salvador, Belo Horizonte e Brasília, no dia 26 de novembro. Em 3 de dezembro, o filme deve estrear nas capitais do Sul e depois no restante do Nordeste e no Norte.

Diferente do que aconteceu no passado, Guilherme Fontes revela-se hoje mais prudente em se tratando da expectativa em relação ao filme. “O risco nas salas é tão grande quanto o risco da bolsa de valores. Estou na chuva e, por isso, tenho que me molhar”, brinca. “Não tem problema, já comprei meu guarda-chuva. Vou distribuir de uma maneira bem consciente para que possamos atingir nosso objetivo de bilheteria e de público. Poderíamos lançar agora em outras praças, além de Rio e São Paulo, mas, por prudência e por facilitação, escolhi essas duas cidades próximas a mim. Não quero dar um passo maior que a perna.”

Questionado sobre a decisão de distribuir o filme por conta própria, o diretor afirma que enfrentou as dificuldades que qualquer cineasta passa quando vai lançar um projeto, “especialmente sendo um filme independente”. “As propostas que recebi foram legais, simpáticas. O que me deixou mais feliz foi o interesse deles por meu longa. Mas tive de declinar desses convites por uma série de fatores, como questões financeiras e burocráticas. Achei que teria mais controle sobre o lançamento caso eu tomasse às rédeas da distribuição. Assumi e vou fazer parcerias pontuais em determinadas praças.”

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Sobre a opinião das pessoas que já assistiram ao longa e a expectativa de bilheteria, o diretor disse que, “apesar de ser um grupo conhecido”, as cinquenta pessoas que viram Chatô foram unânimes: “adoraram e ficaram entusiasmadas com o filme”. “Por conta dessas reações, estou otimista com o filme nos cinemas. Em cima dessa projeção, o meu filme fará sucesso se as pessoas ficarem emocionadas e se distraírem com ele, caso contrário, meu filme não fará sucesso de público”, afirmou Guilherme.

Percalço — Guilherme Fontes relatou ter ficado surpreso com a rapidez e a facilidade com que levantou o dinheiro para o filme e que isso terminou sendo seu maior “pecado”. “Fico imaginando o que seria do meu filme se tivesse terminado ele em 1999. O que sei hoje é que os interesses são controlados por pessoas de caráter muito falho. Essas pessoas determinam o sucesso e o fracasso das pessoas que cruzam o caminho delas. Agora, você não pode fingir que não está vendo a bandidagem correr a solta. Como não gosto de me misturar com essa bandidagem, tive que pagar um preço muito alto. Tem muito oportunismo por trás disso tudo.”

(Com Estadão Conteúdo)

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