Pintora Marília Kranz morre aos 80 anos no Rio
Artista plástica tratava há um ano uma infecção causada pelo vírus chikungunya
Morreu nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, a artista plástica Marília Kranz. Aos 80 anos, ela tratava há um ano uma infecção causada pela chikungunya, doença parecida com a dengue, transmitida também pela picada do mosquito Aedes aegypti. Sob cuidados médicos em sua casa no Jardim Botânico, ela não resistiu à febre. Também sofria de encefalite, inflamação aguda do cérebro, agravada pelo vírus.
Pintora, desenhista, gravadora e escultora, Marília foi definida como “refinada e provocadora” pelo jornalista, desenhista e escritor Millôr Fernandes. Começou figurativa e, com o tempo, interessou-se pela sobreposição de formas geométricas. Fez sua primeira exposição individual em 1968 e ganhou projeção internacional, em 1989, ao criar um painel para o Rockfeller Plaza, em Nova York. Durante a ditadura militar, ela chegou a ser presa por defender a democratização. Outra bandeira sua era a liberdade sexual.
A pedido da própria artista, a família não realizará um velório. O corpo será cremado nesta quinta-feira, às 16h, no Memorial do Caju. No início de 2018, parentes planejam lançar as cinzas dela ao mar do Arpoador.