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Anjos renovam os romances sobrenaturais, dizem autoras de Fallen e Sussurro

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 nov 2010, 09h24

Desde Harry Potter, de J. K. Rowling, a Crepúsculo, de Stephenie Meyer, as mulheres têm sido os nomes responsáveis pelo boom da literatura juvenil. Não é diferente no caso dos anjos. Autoras das bem sucedidas séries Fallen e Sussurro, respectivamente, as americanas Lauren Kate e Becca Fitzpatrick vivem seu momento de consagração, com vendas em alta, assédio da indústria do cinema e discurso de quem sabe o que está fazendo. “Mesmo que vampiros e anjos tenham mitologias muito diferentes, eles compartilham temas como o do amor proibido”, diz Becca, por exemplo, mostrando conhecer a genealogia do intrincado universo sobrenatural. É sobre esse universo e em especial sobre o mundo dos anjos, onde vêm se destacando, que as autoras conversaram com o site de VEJA.

Os anjos são os novos vampiros da literatura?

Lauren Kate: O apelo dos anjos tem a mesma origem do magnetismo dos atuais vampiros. Ambos são seres místicos que de alguma forma fazem parte da vida de todos desde a infância – e todos temos conceitos prévios sobre o que eles realmente significam. Eles são exóticos e sensuais e podem ser tão complexos e interessantes quanto os personagens humanos. Eu não imaginava que histórias de anjos caídos pudessem se tornar tão populares, e tem sido realmente divertido e estranho ver quantos autores estão se debruçando sobre histórias de anjos neste momento. Eu creio num inconsciente criativo coletivo e faz sentido que as narrativas de anjos estejam no centro desse inconsciente coletivo, agora.

Becca Fitzpatrick: Eu não falaria em substituição, mas de fato percebo que leitores de vampiros estão migrando para outras histórias de amor paranormal, incluindo as que têm anjos como protagonistas. Mesmo que vampiros e anjos tenham mitologias muito diferentes, eles compartilham temas como o do amor proibido, além de cenários góticos, e exploram um mundo sobrenatural que está aí, só nós humanos não podemos ver. Para os leitores que estão cansados de sagas vampirescas, os anjos representam um frescor.

O romantismo dos anjos é semelhante ao dos vampiros de Stephenie Meyer?

Lauren Kate: Eu posso falar apenas dos meus livros, e esses realmente são cheios de romance. À medida que a série Fallen avança, as coisas vão ficando mais quentes entre Lucinda e seu anjo caído, Daniel. Um dos elementos que tornam o relacionamento dos dois tão romântico é a duração que ele tem. Eles vêm se relacionando há centenas de vidas, ao longo de 5.000 anos. Então, há muitos momentos românticos a explorar. No meu terceiro livro, Passion (o título provisório para o Brasil, onde ainda não tem tradução lançada, é Paixão), eu volto às vidas passadas de Lucinda e Daniel. Uma delas se passa no Brasil. Eu gosto de explorar a ideia de perseverança nos relacionamentos. A relação de Luce e Daniel é frágil e enfrenta uma série de desafios, mas ambos sentem, instintivamente, que o relacionamento vale todo esforço, desafio e mágoa. Eu acho muito sexy e é algo com que os leitores podem se identificar.

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Becca Fitzpatrick: Eu definitivamente penso que anjos podem ser românticos – mas eles também podem ser sexy e complexos. Além disso, é preciso lembrar que anjos caídos são os primeiros bad boys.

A escritora Becca Fitzpatrick, autora da série de anjos 'Hush, Hush'
A escritora Becca Fitzpatrick, autora da série de anjos ‘Hush, Hush’ (VEJA)

Você procura imprimir algum tipo de moral em seus livros?

Lauren Kate: Só a de se apaixonar e trabalhar duro pelo relacionamento.

Becca Fitzpatrick: Eu acredito que a moral da história será diferente para cada leitor. Eu sou a primeira a dizer que escrevo por pura diversão, mas, se olho em retrospecto, percebo que meus livros são obras sobre redenção. Espero que eles tenham significados diferentes para diferentes pessoas.

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Você é religiosa?

Lauren Kate: Eu sou uma pessoa de fé, mas os meus livros, eles próprios, não são religiosos. Eles têm a pretensão de ser teológicos e históricos e de questionar o mundo em que vivemos, mas não de ser abertamente religiosos. Eu, pessoalmente, creio em anjos, embora nunca tenha encontrado nenhum. Estou aberta à possibilidade.

Becca Fitzpatrick: Sim, sou cristã. Eu cresci lendo a Bíblia e indo à missa aos domingos. Tenho certeza de que isso influi no que escrevo, de que me faz sentir em casa contando histórias de anjos caídos.

Seus livros são para adolescentes ou adultos?

Lauren Kate: Eu escrevo as melhores histórias que posso. Acontece de elas serem protagonizadas por garotas de dezessete anos, mas o público que chega ao meu livro, e que me manda e-mails a respeito, tem de 10 a 65 anos. Então, prefiro pensar que escrevo para qualquer idade.

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Becca Fitzpatrick: Eu escrevo para adolescentes. Mas amo ouvir que meus livros também são lidos por adultos.

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