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Angelina Jolie mostra progresso como diretora em seu quarto filme

A atriz exibiu 'First They Killed My Father' no Festival de Cinema de Toronto

Por Mariane Morisawa, de Toronto
12 set 2017, 20h19

Angelina Jolie está de volta ao terreno que conhece bem como cineasta: a guerra. Depois do drama sobre relacionamento À Beira Mar, em que atuou com o ex, Brad Pitt, ela se baseia na história real de Loung Ung, que sobreviveu ao horror do regime do Khmer Vermelho no Camboja, em First They Killed My Father, exibido no Festival de Toronto e que entra no ar na Netflix no dia 15.

Dá para notar sua progressão como diretora. “Nunca tinha pensado em ser cineasta, queria descobrir mais sobre a guerra na Iugoslávia e por isso escrevi um roteiro”, disse Jolie numa sessão de perguntas e respostas durante o festival. “Eu acredito que nosso mundo é mais forte com diversidade. Amo aprender sobre outras culturas. Sou apaixonada pelo meu trabalho humanitário. Esses são meus heróis. Eles me ensinaram a ser melhor mãe, pessoa, a ver as coisas de maneira diferente.”

Aquele filme, Na Terra de Amor e Ódio (2011), exibia todos os horrores da guerra na ex-Iugoslávia, incluindo campos de concentração e estupro em massa, mas no fundo era um simplista romance entre um sérvio e uma bósnia. O segundo, Invencível (2014), contava a história do corredor olímpico Louis Zamperini, que lutou na Segunda Guerra e foi prisioneiro dos japoneses. Era um grande salto em termos visuais, com fotografia belíssima de Roger Deakins, mas tinha algo de antiquado na maneira como apresentava o herói e uma certa estetização excessiva da guerra.

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Em First They Killed My Father, ela não teme expor de maneira explícita alguns dos terrores da guerra civil no Camboja e do regime do Khmer Vermelho, que matou cerca de 25% da população do país onde nasceu seu filho mais velho, Maddox. Há um abuso da câmera lenta e das cenas do alto, feitas com ajuda de drones, com seu impacto sendo diminuído quando realmente têm razão de ser. Mas ela também demonstra sensibilidade ao mostrar tudo sob o olhar paulatinamente endurecido da pequena Loung (a expressiva Sareum Srey Moch), de 7 anos, colocando momentos ternos da relação com os pais e com os irmãos alternados com as dores e perdas da guerra. A construção da tensão também é eficiente – o pai de Loung foi soldado do governo, estando sob constante risco de ser descoberto.

Com produção do principal cineasta cambojano em atividade, Rithy Panh, o filme é cuidadoso ao retratar a realidade do país, deixando claro como o envolvimento americano complicou ainda mais uma situação já delicada. Pelo menos, First They Killed My Father é bem-intencionado. “Ela não veio fazer um filme sobre a gente, mas com a gente”, disse Panh.

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