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Andy McKee, de professor de violão a hit no YouTube

Considerado um dos melhores violonistas da atualidade, o americano se apresenta neste sábado em São Paulo, no Bourbon Street Music Club

Por Rafael Costa
24 Maio 2014, 13h35

Os virtuoses formam um grupo à parte na história da música. Não importa se atuam no campo erudito ou no popular, eles compartilham da mesma energia, velocidade e precisão incomuns ao manejar seus instrumentos. O violonista americano Andy McKee, considerado um dos melhores do mundo na atualidade, é um exemplo de como a era da internet descobre e reconhece os seus virtuoses.

A palavra “gênio” é usada com frequência para designar esses músicos de habilidade extraordinária. É certo que há um dom natural envolvido nesses casos – mas talvez esse dom seja apenas o de se dedicar de maneira infatigável, e mais do que outros, ao estudo de seus instrumentos. McKee, que se apresenta neste sábado no Bourbon Street Music Club, em São Paulo, não é diferente. “Quando eu era adolescente praticava muito. Às vezes chegava a tocar de seis a sete horas por dia”, diz o músico de 35 anos ao site de VEJA. “Mas, na verdade, nunca levei muito como prática, ou trabalho, eu apenas me divertia tocando.”

A diversão começou aos 13 anos, quando ele ganhou sua primeira guitarra e começou a tocar metal, influenciado por bandas como Dream Teather e Pantera. Aos 16, desplugou o cabo do amplificador para se dedicar ao violão. A fama veio acidentalmente aos 27 anos, quando ele postou no YouTube o vídeo da música Drifting – que compõe seu terceiro álbum independente, Art of Motion. “Gravamos o vídeo e colocamos na internet pensando que algumas pessoas se interessariam pelo estilo. Porém, o clipe se tornou um viral e foi incrível”, conta. A iniciativa despretensiosa rendeu um resultado e tanto: hoje, o clipe possui mais de 49,5 milhões de visualizações no canal.

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De professor de violão, McKee se transformou em músico com uma agenda intensa de turnês pelos Estados Unidos, Europa, América do Sul e Ásia. Até hoje, o músico diz não entender porque o vídeo teve tamanha repercussão. “Eu estava careca, barbudo e tocando uma música instrumental no violão”, brinca. “Era algo incomum e longe do que costumamos ver no mundo da música pop.”

Em Drifting, Andy McKee mistura a técnica de tocar com as duas mãos no braço do violão, o chamado tapping – muito comum em solos de heavy metal e uma das marcas do guitarrista Eddie Van Halen -, com batucadas no corpo do instrumento, o que dá a impressão de que há mais de uma pessoa tocando.

A fama na internet rendeu a McKee um convite inusitado. No início de 2012, o cantor Prince o chamou para realizar oito shows em parceria durante a perna australiana de sua turnê. “Há dois anos, Prince me ligou dizendo que havia me descoberto no YouTube e eu fiquei: ‘Oh meu Deus, é o Prince!'”, conta. “Quando fizemos os shows na Austrália eu era como um convidado especial na banda e ele sugeriu que cada apresentação começasse apenas com o violão”. Um ano antes, ele já havia se apresentado ao lado de seus ídolos do Dream Teather em uma série de shows na América do Norte e na Ásia.

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O músico lançou mais três discos após despontar no mundo virtual, sendo Joyland, de 2010, o último deles. Porém, o disco Art of Motion (2005) continua a ser o principal cartão de visita para seu trabalho na rede. Além de Drifting, as canções Rylynn e Into the Ocean, acumulam hoje cerca de 26,5 milhões e 9 milhões de visualizações, respectivamente, no YouTube.

Público brasileiro – Esta é a segunda passagem de McKee pelo Brasil. O violonista se apresentou por aqui em 2012 e destacou a energia do público local. “O brasileiro tem uma paixão especial e eu adoro essa interação com a plateia, dá para perceber que eles estão realmente se divertindo”, diz. “Às vezes você toca em outros países e o publico é educado demais. Eu gosto quando as pessoas gritam e batem palmas”. A turnê brasileira do violonista começou no dia 17 de maio, quando tocou na cidade de Campinas. Em seguida, McKee passou pelo Rio de Janeiro, no dia 18 – segundo ele foi o melhor show de sua vida -; Belo Horizonte, no dia 20; e Porto Alegre, no dia 23. Após se apresentar em São Paulo neste sábado, ele volta ao Rio no dia 25 para fechar a turnê na cidade de Paraty.

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