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‘Amanhecer – Parte 2’ é o melhor de ‘Crepúsculo’, mas isso não quer dizer que é bom

Última parte da franquia que já arrecadou 2,5 bilhões de dólares no mundo todo é mais do mesmo. Mas, pelo menos, perdeu um pouco da vergonha alheia

Por Carol Nogueira
15 nov 2012, 10h15

A impressão ao assistir A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2 é de que o diretor Bill Condon finalmente tomou vergonha na cara. Foram embora o brilho dos vampiros – aquele que os deixava quase translúcidos -, os lobos falantes e a violência contida demais para uma história sobre sugadores de sangue, entre outros pontos vergonhosos que marcaram os filmes anteriores da série, Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer (este, dividido em duas partes para alcançar maior bilheteria). No entanto, nada disso foi suficiente para transformar o longa em uma experiência cinematográfica decente – ainda não passa de entretenimento fácil.

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Os elementos que tornavam risíveis as partes anteriores da franquia – as péssimas atuações, o roteiro sem ritmo, os diálogos fracos e os efeitos especiais toscos – também aparecem no novo filme, que estreia nesta quinta-feira no mundo todo. E é claro que, nem Condon nem o estúdio Summit Entertainment fariam algo para mudar isso. Afinal, até agora deu certo: os filmes conquistaram uma grande quantidade de fãs e arrecadaram, juntos, 2,5 bilhões de dólares ao redor do globo, além de transformarem seus três atores principais – Robert Pattinson, Kristen Stewart (que formam um casal na vida real) e Taylor Lautner – em estrelas.

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Há, no entanto, uma cena corajosa no clímax do filme. Ao saber que os Volturi (poderosa família de vampiros italianos) estão atrás de Edward (Pattinson) e Bella (Kristen) por acreditarem que a filha do casal, Renesmee (Mackenzie Foy), é imortal (uma eterna criança), os vampiros convocam todos seus amigos para ajudarem a lutar contra o vilão Aro (um divertido Michael Sheen) e provar que a garota, na verdade, entrará na fase adulta normalmente, embora seja metade humana, metade vampira.

Tudo isso culmina em uma batalha épica, a mais violenta da série, ainda que não haja muito sangue, em que cabeças e membros são decepados sem a menor cerimônia – na verdade, é incrível que a classificação indicativa do filme seja de apenas 12 anos. No entanto, no mesmo segmento do longa, vem uma reviravolta desestimulante — uma escolha tomada, provavelmente, para não desagradar aos fãs dos livros de Stephenie Meyer.

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https://youtube.com/watch?v=J24rTdPUE6s

Também são desestimulantes as tão faladas cenas de sexo entre Edward e Bella. Transformada em vampira após quase morrer ao dar à luz, a personagem de Kristen descobre que “nasceu para ser vampira” e que sua libido como tal é infinita – ainda assim, as tais cenas são deixadas no chinelo por qualquer foto do flagra da traição da atriz com o diretor Rupert Sanders, em julho. Sexo, onde?

Assim como todo o resto da saga, o problema de Amanhecer – Parte 2 é que a história demora a engatar e ficar interessante. Não havia necessidade alguma de dividir Amanhecer em duas partes, já que nesse segundo filme, pouca coisa acontece de fato. Já vai tarde, Crepúsculo. Após um ano fraco para o cinema, a saga vampiresca não vai fazer falta alguma. Agora, é torcer para que as séries que venham a tomar seu lugar sejam mais ousadas — e melhores.

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