Acusado de assédio e abuso, James Levine é demitido da Met Opera
Investigação interna da companhia revelou evidência de que o americano apresentou má conduta sexual
O regente da Metropolitan Opera James Levine foi demitido nesta segunda-feira após uma investigação encontrar evidências de assédio e abuso sexual da parte do americano. Levine estreou na Met em 1971 e se tornou uma figura de destaque da companhia, conduzindo 2.552 apresentações.
O regente, que também atuou por décadas como diretor musical, foi afastado da instituição em dezembro, depois que reportagens dos jornais The New York Post e The New York Times revelaram acusações de abuso e assédio, em casos que supostamente aconteceram na década de 1960. A companhia abriu investigação interna e afirma que mais de setenta pessoas foram entrevistadas. “A investigação revelou evidência crível de que o Sr. Levine apresentou conduta de assédio e abuso sexual antes e durante o período em que trabalhou na Met”, disse a instituição, em nota.
“A investigação também revelou evidência crível de que o Sr. Levine apresentou conduta de assédio e abuso sexual em relação a artistas vulneráveis que estavam no início de suas carreiras e sobre os quais o Sr. Levine tinha autoridade”, continua o comunicado. “À luz dessas descobertas, a Met conclui que seria inapropriado e impossível para o Sr. Levine continuar a trabalhar com a Met.” A companhia não revelou a evidência que afirma ter descoberto e nem deu detalhes sobre os casos.
Considerado o regente mais importante dos Estados Unidos, Levine iniciou sua carreira na Metropolitan Opera na década de 1970, passando de regente a diretor musical e artístico. Ele também teve posições de destaque no Ravinia Festival, que abriga a Orquestra Sinfônica de Chicago nos verões americanos, na Orquestra Sinfônica de Boston e na Filarmônica de Munique.
(Com AP)