Academia do Oscar conclui que presidente não cometeu assédio
Após investigações, John Bailey continuará no cargo da instituição responsável pelo prêmio
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas — responsável pelo Oscar – afirmou que o seu presidente, John Bailey, não cometeu crimes de assédio sexual, como sustentava uma acusação contra ele revelada no último dia 16. “O comitê determinou de maneira unânime que não precisa mais de nenhuma ação neste assunto. John Bailey permanece como presidente da Academia”, afirmou a instituição em comunicado após concluir a investigação.
Embora as primeiras informações apontassem três acusações diferentes contra o presidente, a organização esclareceu nesta quarta-feira que só recebeu uma.
No último fim de semana e através de uma nota dirigida aos funcionários da Academia, Bailey desmentiu as denúncias que pesavam sobre ele e afirmou que nunca se comportou de maneira inadequada com mulheres. “As notícias dos meios de comunicação que descrevem várias queixas feitas à Academia sobre mim são falsas e só serviram para manchar a minha carreira de 50 anos”, afirmou.
Foi divulgado no dia 16 que a Academia tinha aberto uma investigação sobre Bailey por um possível caso de assédio sexual. O diretor de fotografia de 75 anos foi eleito presidente em agosto de 2017 para suceder Cheryl Boone Isaacs. O secretário da Academia, David Rubin, liderou a comissão que analisou as acusações.
Precedente
Por causa dos vários escândalos sexuais em Hollywood e de movimentos como Me Too e Time’s Up, a Academia decidiu em outubro pela expulsão da instituição de Harvey Weinstein, o poderoso produtor acusado de agressão sexual por dezenas de mulheres. Além disso, a Academia, que organiza o Oscar, adotou em janeiro um novo código de conduta sobre assédio e comportamentos inadequados no local de trabalho.