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USP, Unicamp e Unesp congelam salários

Universidades públicas paulistas só vão reajustar folha de pagamento em 2015. Professores e funcionários criticam medida

Por Da Redação
13 Maio 2014, 15h10

Os reitores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) decidiram, em reunião conjunta, congelar os salários dos professores e servidores para este ano. O motivo é a crise financeira das instituições e o alto nível de comprometimento das receitas com a folha de pagamento.

Segundo as universidades, o comprometimento de orçamento com salários atinge 94,47% na Unesp e 96,52% na Unicamp. Na USP, esse porcentual fica em torno de 105%, fazendo com que a universidade tenha consumido, só nos três primeiros meses do ano, 250 milhões de reais de suas reservas financeiras. Desde 2012, a USP já gastou quase 40% de sua poupança, o equivalente a 1,3 bilhão de reais.

Essa é a primeira vez em pelo menos dez anos que as estaduais falam em reajuste zero. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), entidade que reúne os dirigentes das três instituições, em reunião com representantes de professores e funcionários. De acordo com o Cruesp, a condição atual não permite “realizar qualquer reajuste salarial neste momento”. Por causa dos problemas orçamentários, a USP já cortou em 30% os gastos com custeio e investimento para 2014. Unesp e Unicamp também reduziram despesas neste ano.

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Uma nova reunião está marcada para a semana que vem com representantes dos trabalhadores, que se manifestaram contra a proposta. O Fórum das Seis, entidade que reúne os sindicatos, exige 9,78% de reajuste. O aumento pedido representaria reposição da inflação mais aumento real de 3%. “O reajuste zero foi uma surpresa. Esperávamos que pelo menos cobrissem a inflação dos últimos doze meses. Apesar do discurso da reitoria de falta de dinheiro, há uma reserva financeira”, afirmou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP Magno de Carvalho. Nesta semana serão feitas assembleias setoriais para discutir a proposta de congelamento.

As estaduais têm autonomia financeira e recebem repasse anual de 9,57% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Assim, as transferências variam de acordo com a arrecadação estadual. Nos últimos anos, esses valores seguiram crescendo, mas em ritmo menor desde 2012.

(Com Estadão Conteúdo)

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