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USP: reitor reclama que denúncias ‘criminalizam’ alunos

Marco Antonio Zago participou de audiência da CPI da Assembleia Legislativa que apura violação de direitos humanos na instituição de ensino

Por Da Redação
21 jan 2015, 19h01

O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, afirmou nesta quarta-feira que os estudantes da Faculdade de Medicina estão sendo “criminalizados” depois que casos de violência na instituição, inclusive estupros, vieram a público. Zago compareceu a uma audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que apura violação de direitos humanos nas faculdades da instituição.

“Uma vez que formaremos médicos renomados, é responsabilidade da universidade mudar esse comportamento dos estudantes”, disse o reitor, que em seguida defendeu os alunos do que ele considera uma estigamatização. “Eu não tenho dúvida que existam criminosos entre os estudantes de medicina, assim como existem entre os estudantes de engenharia, entre políticos e entre banqueiros. Mas eu tenho certeza que grande parte dos estudantes da Faculdade de Medicina de São Paulo é formada por pessoas absolutamente idôneas; e eles vão trazer grande benefício à sociedade”, completou.

O reitor da USP afirmou que tem pedido aos diretores das unidades de ensino que reabram sindicâncias de casos de violência considerados “graves” ocorridos com alunos. “Nós queremos passar a limpo este passado”, disse, durante a audiência.

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Zago afirmou que, em dezembro, enviou um comunicado a todos os diretores de unidades da USP pedindo que encaminhassem todos os casos à Comissão de Direitos Humanos da universidade. A medida é parte de um pacote de ações anunciadas pela reitoria no final do ano passado, no qual a Comissão de Direitos Humanos foi nomeada para supervisionar a reabertura e apuração dos casos, nem como todos os órgãos envolvidos, como a ouvidoria.

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Um dos casos mencionados durante a audiência foi o de uma ex-estudante da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), que disse ter sido estuprada por oito alunos em uma república, em 2002. O prefeito do campus na época, Marcos Vinícius Folegatti, esteve na audiência e chegou a afirmar que o episódio não foi apurado, pois a jovem e seus pais não quiseram formalizar a denúncia.

Depois de receber a crítica de uma aluna que estava na audiência desta quarta e apontou omissão da universidade, Zago disse não ser responsável por casos de dez anos atrás e reiterou as medidas tomadas em sua gestão, como a proibição de festas com bebidas alcoólicas no campus do Butantã.

Durante a audiência, Zago também mencionou a entrega de um “kit” aos calouros na semana de recepção, que traz mensagens contra o trote, lembrando que a prática é proibida pela instituição.

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(Com Estadão Conteúdo)

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