USP: Justiça notifica alunos para desocupação ‘imediata’ da reitoria
DCE convoca reunião para decidir rumos da invasão. PM pode ser acionada
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) notificou na manhã desta quarta-feira os estudantes que invadiram a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) para que deixem o prédio imediatamente, sob pena de uso de força policial para realizar a desocupação do local. A decisão a favor da reintegração de posse foi proferida na terça-feira pelo desembargador Xavier de Aquino, do 1º Grupo de Direito Público do TJ-SP.
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O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP convocou uma assembleia geral no fim da tarde desta quarta-feira para discutir os rumos da invasão. O prédio da reitoria está ocupado desde 1º de outubro como forma de protesto por eleições diretas para o cargo de reitor. Logo no primeiro dia, o local foi pichado e depredado. O reitor da universidade, João Grandino Rodas, passou a despachar em outro edifício, conhecido com Antiga Reitoria.
Em sua decisão em favor da reintegração de posse, Aquino argumenta que o caso é “extremamente grave” e que “alunos e pseudo-alunos” vem atrapalhando o bom andamento da universidade.
A USP já havia solicitado à Justiça a retomada do local no mês passado. No entanto, no dia 15 de outubro, uma decisão judicial deu prazo de 60 dias para que os manifestantes desocupassem o prédio. A universidade entrou com novo recurso e, desta vez, obteve decisão favorável.
Cena repetida – A ocupação da reitoria é recorrente na história da mais importante instituição do país. Em 2011, cerca de 100 alunos invadiram o local para protestar contra a presença da polícia militar no campus. Na ocasião, o grupo de baderneiros se manteve intransigente e a PM foi acionada para realizar a liberação do prédio. Setenta pessoas acabaram detidas.