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USP gasta quase 100% do orçamento com pagamentos de funcionários

Cifra é a maior dos últimos dez anos. Investimentos podem ser comprometidos

Por Da Redação
14 nov 2013, 14h42

O gasto com o pagamento de funcionários e professores já compromete praticamente todo o orçamento da Universidade de São Paulo (USP). Em 2013, a participação dessas despesas comprometeu 99,78% do orçamento total – a maior dos últimos dez anos. Ao colocar na conta gastos com custeio e novos investimentos, o valor chega a 4,3 bilhões de reais, o que representa 122% do orçamento. Como a universidade está gastando mais do que recebe, estão sendo utilizadas reservas financeiras para cobrir o déficit. Estima-se que cerca de 1 bilhão de reais já tenham sido retirados do “cofre” da USP.

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A situação tem provocado critícias à gestão do atual reitor, João Grandino Rodas, e virou tema de debate entre os candidatos ao comando da universidade. A eleição para os cargos de reitor e vice-reitor ocorrerá no dia 19 de dezembro.

O economista Hélio Nogueira da Cruz, que foi vice-reitor na atual gestão e é considerado próximo de Rodas, aponta o ajuste como uma das prioridades para os próximos anos. “Temos um plano de investimento que contempla áreas estratégicas que não podem parar. Mas é preciso garantir o equilíbrio e definir regras mais rígidas para o uso das reservas”, diz.

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Repasses – A USP é financiada com uma fatia de 5,029% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O orçamento da universidade, portanto, varia de acordo com a arrecadação. Em nota, a instituição argumenta que a estagnação da economia resultou em um descompasso entre o crescimento da despesa e dos repasses. “Os compromissos assumidos ao longo desse período foram baseados numa conjuntura econômica mais favorável que a atual”, diz.

No entanto, mesmo com a recente desaceleração econômica, os repasses para a USP cresceram 24% nos últimos cinco anos (considerando dados até outubro deste ano). Comparando outubro de 2013 com o mesmo mês de 2012, o repasse foi 16,84% maior. Os gastos com salários e benefícios, contudo, saltaram 51% desde 2009. Estudos da própria USP indicam que o teto para o funcionalismo deve ser de no máximo 85% para que investimentos não sejam comprometidos.

(Com Estadão Conteúdo)

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