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USP estuda aplicar Fuvest em outros Estados

Proposta foi apresentada na abertura do ciclo de debates sobre a relação da universidade com a sociedade. Abertura de mais cursos de mestrado profissional também está entre as metas para os próximos anos

Por Bianca Bibiano
4 nov 2014, 17h42

A Universidade de São Paulo (USP) estuda aplicar seu vestibular para outros Estados nos próximos dois anos. Atualmente, as provas de acesso aos cursos de graduação da instituição, elaboradas pela Fuvest, são realizadas exclusivamente em São Paulo. A proposta foi apresentada nesta terça-feira durante a abertura do ciclo de debates que vai discutir os rumos da instituição e sua relação com a sociedade.

No primeiro encontro, os pró-reitores de graduação, pesquisa, pós-graduação e extensão apresentaram panoramas de suas áreas e propostas de mudanças de curto e médio prazo. “É fundamental que os melhores estudantes do país tenham a USP como alvo principal. Para isso, não podemos prolongar o erro de realizar a prova apenas em São Paulo”, afirmou Antonio Carlos Hernandes, chefe da área de graduação. Em junho, ele já havia declarado que pretende estimular o uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para a seleção de estudantes. A discussão, contudo, foi adiada para 2015 por causa da greve de professores e funcionários.

O evento faz parte das comemorações dos 80 anos da USP, que começaram em janeiro, e destacou o impacto da instituição para o Estado e para o país. “É o momento para analisarmos as ações que devem ser adaptadas nos próximos quinze anos. Estamos aproveitando para discutir, do ponto de vista prático e conceitual, o papel da universidade na sociedade”, afirmou o reitor Marco Antonio Zago, que abriu a conferência. Os próximos encontros serão realizados nos dias 10, 17 e 24. Ao final do ciclo, a USP deve elaborar um documento com metas e estratégias para cada área.

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Durante a apresentação desta terça-feira, também foi colocada em pauta a ampliação dos cursos de mestrado profissional. De acordo com Bernadette Dora Gombossy, pró-reitora de pós-graduação, a universidade é responsável por 25% dos cursos de mestrado e doutorado de excelência do país e precisa agora focar na expansão do mestrado profissional nas diversas áreas. O número de cursos de serão abertos ainda não está definido.

Crise financeira – Ao longo deste ano, a USP enfrentou a mais séria crise financeira de sua história. A instituição terminará 2014 com déficit de 1,25 bilhão de reais, de acordo com as últimas estimativas feitas pela reitoria. No orçamento aprovado em fevereiro, a administração estimava gastar 574 milhões de reais das reservas para pagar salários e bancar custos de manutenção. O valor de déficit atualizado já é 117% mais alto do que o previsto.

A baixa arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) afetou o caixa da instituição. A USP recebe cerca de 5% do que o Estado recolhe desse imposto, mas o desempenho da economia prejudicou os repasses nos últimos meses. De acordo com o reitor, não há previsão de aumento no repasse estadual para o próximo ano.

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No próximo dia 18, em reunião do Conselho Universitário, a instituição deverá discutir as diretrizes orçamentárias para 2015. Segundo o reitor, o rascunho da proposta já prevê restrições. “Temos gastos que vão além da nossa capacidade. No que diz respeito às unidades, o orçamento deste ano foi equivalente ao de 2010, com inflação corrigida. Não houve nenhuma tragédia e, em algumas unidades, sobrou dinheiro. Nosso problema continua sendo o gasto excessivo com recursos humanos. Isso precisa ser corrigido, pois em longo prazo não há reserva que resista”, afirmou. Ainda de acordo com Zago, até dezembro, a USP vai divulgar o salário nominal de todos os funcionários e professores para consulta pública.

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