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Uso de aplicativos para celular ganha força na escola

Pesquisa mostra que, pela primeira vez, em 2014, o acesso à internet por celular no Brasil foi maior do que por computadores

Por Da Redação
24 ago 2015, 14h17

Embora o modelo de escola tenha pouco se alterado com o passar dos anos, a cultura digital é uma realidade entre alunos e professores. Com a disseminação dos smartphones, escolas, governos e demais instituições se voltam para potencializar essa tecnologia na melhoria do ensino e da aprendizagem.

A mais recente pesquisa TIC Kids Online, realizada pelo Comitê Gestor da Internet, que coordena e integra todas as iniciativas de serviços de internet no país, mostrou que, pela primeira vez, em 2014, o acesso à internet por celular no Brasil foi maior do que por computadores: 82% acessam pelo celular, enquanto 56% usam o desktop. Os resultados se referem a jovens de 9 a 17 anos de idade. As redes sociais são o maior atrativo, mas 68% dos jovens usam a web para trabalhos escolares.

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Isabela dos Santos, de 12 anos, estuda Inglês pelo celular, com o aplicativo gratuito Duolingo, e Biologia pelo YouTube. “Eu nem sempre estou com livros, mas meu celular sempre está comigo”, diz a aluna do Colégio Dom Bosco, na zona Norte de São Paulo.

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A escola de Isabela vai passar a explorar um novo aplicativo focado no celular. “Funciona bem quando usado como mecanismo de interação em momentos específicos da aula”, diz Andrey Lima, diretor executivo do sistema Ari de Sá, adotado pelo Dom Bosco. A empresa Ari de Sá elabora materiais didáticos e mantém uma parte de conteúdos, ainda pequena, aberta para o público.

Já a professora de Música Gina Falcão, da Nova Escola, na Vila Mascote, zona Sul, toca um projeto com alunos do ensino médio de produção de videoclipes em que o celular é a ferramenta principal. “Eles têm muita facilidade para trabalhar com isso, estamos pedagogicamente no universo deles”, diz.

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Gratuidade – A Fundação Lemann, criada para promover projetos de educação que beneficiem estudantes brasileiros, vai iniciar uma nova linha de atuação voltada para aplicativos móveis de educação gratuitos. “A sociedade como um todo já viveu essa revolução tecnológica e, infelizmente, nesse contexto, a escola ficou para trás”, explica o diretor da fundação, Denis Mizne. “O caminho agora é proporcionar para alunos, professores e gestores escolares o que já é uma realidade fora da escola,” completou.

Mesmo fora dos sistemas de ensino, os aplicativos educacionais pagos ou com direitos autorais fechados são maioria. Na semana passada, a Câmara dos Deputados promoveu um debate sobre Recursos Educacionais Abertos (REA).

Há a cobrança para que todos os materiais digitais adquiridos pelo governo sejam livres. Em 2014, o Ministério da Educação gastou 67 milhões de reais na aquisição de bens digitais didáticos, cifra incluída no 1,1 bilhão de reais investido no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

Priscila Gonsales, do Instituto Educadigital, afirma que o investimento público em material didático deve ser em plataformas abertas. A reivindicação de licenças passa tanto pelo potencial de acesso quanto pelas possibilidades de remixagem dos materiais. “Qualquer lugar é lugar para aprender, o que a cultura digital vem evidenciar. Acaba a ideia de que somos consumidores de educação. A gente pode produzir, um ajuda o outro, é a cultura de compartilhar”, afirma Priscila.

Criada em 2013 com apoio de várias organizações não governamentais, a plataforma escoladigital.org.br reúne 4 000 recursos digitais. Muitos ali são pagos e a maioria tem direitos fechados, mas há uma seção com dezenas de opções para professores criarem seus aplicativos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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