Sem infraestrutura necessária, alguns cursos podem deixar a unidade
Por Da Redação
3 set 2012, 11h05
Veja.com Veja.com/VEJA.com/VEJA.com
Publicidade
Publicidade
1/32 Local onde ficará o prédio principal do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Obra que deveria ter sido entregue em 2010 está prevista apenas para 2015. (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
2/32 No terreno acima está prevista a construção de um prédio acadêmico. Em 2007, quando começaram as atividades no campus, o plano previa a entrega do edifício no segundo semestre deste ano. A obra, no entanto, ainda nem foi licitada (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
3/32 Ao fundo, refeitório do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) funciona de forma improvisada em um galpão (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
4/32 Fachada do campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Guarulhos (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
5/32 No campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o refeitório funciona em um galpão. Nota-se buracos na parede do local, comprometendo a higiene da cozinha (Lectícia Maggi/VEJA/VEJA)
6/32 Paredes mofadas e alimentos armazenados de forma precária no refeitório do campus de Guarulhos da Unifesp. Foto tirada em junho/2012 (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
7/32 Imagem mostra dispensa do refeitório do campus de Guarulhos com buracos na parede. Foto tirada em junho/2012. (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
8/32 Alunos afirmam que refeitório do campus de Guarulhos da Unifesp é insuficiente para o número de alunos (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
9/32 Alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Diadema têm aula em um prédio alugado, no centro da cidade (Lectícia Maggi/VEJA/VEJA)
10/32 Sala de informática da unidade Antonio Doll , do campus de Diadema da Unifesp, tem apenas três computadores (Lecticia Maggi/VEJA/VEJA)
11/32 Inaugurada em 2006 como marco do Reuni, a Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo, ainda não está concluída (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
12/32 Inaugurada em 2006 como marco do Reuni, a Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo, ainda não está concluída (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
13/32 Inaugurada em 2006 como marco do Reuni, a Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo, ainda não está concluída. Em 2008, a previsão era que de tudo estivesse concluído em 2009 (Ivan Pacheco/VEJA/VEJA)
14/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
15/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
16/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
17/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
18/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
19/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
20/32 Laudo do Corpo de Bombeiros sobre as condições de prédios da Universidade Federal de Rondônia (Unir) (Reprodução/VEJA/VEJA)
21/32 Foto tirada no início do mês de junho por um professor do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada mostra o atraso na entrega da obra (Reprodução/VEJA/VEJA)
22/32 Foto tirada no início do mês de junho por um professor do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada mostra uma das obras paralisadas do local (Reprodução/VEJA/VEJA)
23/32 Foto tirada no início do mês de junho por um professor do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada mostra uma das obras paralisadas do local (Reprodução/VEJA/VEJA)
24/32 Foto tirada no início do mês de junho por um professor do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em Serra Talhada mostra uma das obras paralisadas do local (Reprodução/VEJA/VEJA)
25/32 Foto tirada pelo sindicato dos professores em novembro de 2011 mostra uma laboratório improvisado em um dos banheiros do campus de Palotina da Universidade Federal do Paraná (UFPR). De acordo com o diretor do campus, Vinícius Barcellos, a situação permanece inalterada até hoje (Reprodução/VEJA/VEJA)
26/32 Foto do início do mês de junho mostra a situação das obras do campus de Benjamin Constant da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Construção foi inciada em 2008 e até hoje não foi concluída (Reprodução/VEJA/VEJA)
27/32 Universidade funciona nas instalações de uma antiga escola rural da região (Reprodução/VEJA/VEJA)
28/32 Entrada do campus de Benjamin Constant da Universida Federal do Amazonas (Ufam) (Reprodução/VEJA/VEJA)
29/32 Inaugurada em 2007, universidade ainda utiliza as instalações de uma antiga escola rural por falta de instalações próprias (Reprodução/VEJA/VEJA)
30/32 Obras no campus da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Rio das Ostras (Luiz Montenegro/VEJA/VEJA)
31/32 Instalações improvisadas no campus da UFF: universidade foi a que mais abriu vagas no estado do Rio (Luiz Montenegro/VEJA/VEJA)
32/32 Material estocado em contêineres: equipamentos que deveria aparelhar os prédios da universidade não podem ser usados (Luiz Montenegro/VEJA/VEJA)
O futuro do campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no Bairro dos Pimentas, começa a ser decidido nesta segunda-feira. Um ciclo de debates que segue até quarta-feira discutirá a localização da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH), nome oficial da unidade. O evento foi motivado pelo envio à reitoria, por parte dos docentes, de um dossiê pedindo que a Unifesp deixe Guarulhos e se instale no centro da cidade de São Paulo.
A programação foi promovida por uma comissão especial, composta por representantes de alunos e professores dos seis cursos ministrados no campus, além de acadêmicos de outras institutições. O reitor Walter Albertoni já descartou a ideia de retirar a Unifesp de Guarulhos, mas afirmou que a unidade poderia decidir sobre a necessidade da transferência de alguns cursos. O principal motivo de queixas da comunidade acadêmcia é a falta de infraestrutura. Neste ano, estudantes fizeram uma greve de cinco meses, exigindo melhorias e, principalmente, uma definição em relação ao prédio principal da unidade, que nunca saiu do papel.
Histórico – Criada em 1994, a Unifesp se originou da Escola Paulista de Medicina, fundada na década de 1930. Sinônimo de excelência, foi responsável pela formação de alguns dos mais renomados médicos do país. Em 2007, a instituição aderiu ao Reuni, programa do governo federal de expansão universitária, elevando deste então a oferta de vagas em 520% (de 1.512 para 9.400). Aos já existentes campi de São Paulo e da Baixada Santista, se juntaram os de Guarulhos, Diadema e São José dos Campos, em 2007, e de Osasco, em 2011.
Continua após a publicidade
A universidade deixou de atuar exclusivamente na área da saúde e passou a oferecer graduação em ciências humanas e exatas. Esperava-se que a excelência conquistada pela antiga Escola Paulista, núcleo formador da Unifesp, fosse levada a todas as unidades. Essa marca, contudo, está em risco devido aos problemas de infraestrutura da instituição, que se expandem na velocidade do Reuni.
No campus de Guarulhos, a situação é pior. Ali, são oferecidos cinco cursos a 2.808 estudantes. O prédio principal, que deveria ter sido inaugurado no segundo semestre de 2010, terá 20.000 metros quadrados, que abrigarão 44 salas de aula, 22 gabinetes de pesquisa, refeitório e biblioteca. O reitor Walter Albertoni culpa a burocracia pelos atrasos – é a mesma alegação do Ministério da Educação, contestada por especialistas em construção e administração pública. “Um projeto demora a ser executado: são três, quatro anos. Há a burocracia de todos os órgãos de controle”, diz Albertoni.
Na semana passada, a Unifesp tentou dar início à construção do prédio principal, mas a tentativa fracassou. Isso porque nenhuma nenhuma construtora respondeu ao processo licitatório e, portanto, não há previsão para início da obra.