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Última semana: experiência e treino levam à aprovação na 2ª fase da Fuvest

Para quem presta pela primeira vez o vestibular da USP, a frustração de não passar pode significar o primeiro passo para o sucesso: mais de 60% dos aprovados nos últimos três anos haviam feito a prova em anos anteriores

Por Da Redação
5 jan 2016, 12h27

Esta é a última semana de preparação para os 23,7 mil convocados para a segunda fase da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular). Os três dias de prova começam no domingo. Para quem presta pela primeira vez o vestibular da Universidade de São Paulo (USP), a frustração de não passar pode significar o primeiro passo para o sucesso: mais de 60% dos aprovados nos últimos três anos haviam feito a prova em anos anteriores. Já para quem faz sua segunda ou terceira Fuvest, o plano é usar a experiência de anos anteriores para garantir uma vaga.

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Chegar à segunda fase não costuma ser tarefa fácil. A estatística da Fuvest 2016 ainda não está disponível, mas, nos três anos anteriores, mais da metade dos convocados já tinha a experiência de terem feito a prova antes.

Entre os candidatos que prestaram o vestibular no ano passado, 22% dos convocados para a segunda fase haviam feito a prova duas vezes ou mais. Dos aprovados, 63% haviam prestado a Fuvest antes. Dos que passaram logo ao fim do 3º ano do ensino médio, 18% haviam feito a prova como treineiros.

O paranaense Matheus Facio Pires, de 20 anos, chega à segunda fase pela segunda vez. Ele já está na terceira Fuvest. Na primeira vez, não passou da primeira fase. No ano passado, já matriculado em cursinho pré-vestibular, foi convocado para a segunda etapa. Candidato a uma vaga de Direito, o bloco de matemática foi o maior desafio e ele não foi aprovado.

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“Vendo os gráficos depois, o problema maior foi a matemática. As questões são muito diretas, não têm uma contextualização que pode ajudar a resolver”, diz ele, que se dedicou à Matemática ao longo do ano de olho na segunda fase. “Tem de saber o que caiu e conseguir escrever, não dá para improvisar.”

Nesta segunda etapa, todas as questões são dissertativas. No primeiro dia, tem português e a redação. Caem no segundo dia (segunda-feira, 11) questões de todas as disciplinas e, no terceiro dia (terça, 12), apenas questões ligadas à carreira escolhida.

A tática de Pires nesta última semana antes da prova é fazer exercícios, treinar o texto e tentar simular o tempo da prova. “Agora não é hora mais para aprender, já aprendi o que podia. Vestibular é treino, repetição. No ano passado, caíram muitos exercícios parecidos com os que eu tinha feito”, diz ele, que, após a primeira fase, tem estudado sozinho praticamente o dia todo.

Português e redação – A prova de português e a redação equivalem a cerca de um terço do peso da nota final e são apontadas como o principal diferencial em cursos concorridos da Universidade de São Paulo (USP). Segundo levantamento do cursinho Poliedro, em alguns cursos a redação equivale a 13% da nota e Português, a 18%.

Os resultados mostram que a prova de português para quem concorre a uma vaga em Engenharia na Poli, por exemplo, tem peso de 18%, maior na nota final do que matemática, que corresponde a 14%, ou física, 15%. Para quem presta Medicina, o que mais influencia a nota também é a prova de português, 17%, seguida de biologia, química e física, que equivalem a 15% da nota final cada. Já a redação, a 13%. Para quem presta Direito, a prova de matemática corresponde a 14%, mesmo porcentual de história.

“A primeira fase é padrão para todo mundo, mas, na segunda fase, há o diferencial para cada área. O que às vezes acaba levando o aluno à ilusão de que ele deve focar mais nas disciplinas de sua área”, diz Francisco Zanella Peres, coordenador do Poliedro. “O aluno competitivo tem de ter o diferencial nas outras disciplinas.”

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A orientadora educacional do Cursinho da Poli, Alessandra Venturi, lembra que, agora, não basta ter o conhecimento, é preciso saber escrever. “Às vezes o aluno sabe a resposta e não consegue traduzir em palavras. Por isso, nesta última semana, é importante trabalhar as questões dissertativas, pegar a última prova e fazer no mesmo tempo do exame”, diz a professora. “Como as questões são discursivas, as respostas podem não estar 100% corretas, mas, se estão próximas, podem ajudar na pontuação.”

Peneira – A dificuldade da peneira que é a Fuvest também se traduz pela quantidade de aprovados que fizeram cursinho pré-vestibular. Entre os aprovados no ano passado, 63% passaram pelos cursinhos.

Para o educador Mateus Prado, o pequeno porcentual de candidatos que é aprovado na USP sem ter feito cursinho mostra que mesmo as escolas particulares têm dificuldade em preparar os alunos para a Fuvest. “O vestibular deveria medir os conhecimentos do ensino médio, mas para mais da metade dos candidatos essa etapa não tem sido o suficiente.”

Para Prado, a prova da Fuvest tem poucas mudanças de um ano para outro e segue uma tendência em cobrar assuntos parecidos em cada disciplina. “A Fuvest é como competir em uma prova de motocross, quem conhece mais o circuito vai melhor. É uma prova que exige que o candidato a conheça. É preciso se especializar em Fuvest.”

(Com Estadão Conteúdo)

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