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Trabalhando em outro país

Por Da Redação
16 mar 2009, 14h27

Diante dos recordes sucessivos de desemprego registrados nos Estados Unidos e da recessão anunciada por vários países europeus, o brasileiro que planejava uma experiência de trabalho no exterior desanima – o que é compreensível. No sentido contrário dessa lógica, porém, as empresas de intercâmbio registraram em janeiro um aumento de aproximadamente 10% na procura por programas de trabalho no exterior. Entre os interessados na faixa etária dos 25 aos 32 anos, a alta foi de 15%.

O crescimento da demanda é consequência de uma necessidade dos brasileiros, avalia a diretora-executiva da Student Travel Bureau (STB), Santuza Bicalho: por aqui, os profissionais precisam acumular novas experiências, acrescentando diferenciais em seu currículo para não perder espaço em um mercado competitivo. “Jovens profissionais estão buscando uma melhoria no currículo e o momento de crise pode ser ideal para investir em um período sabático”, explica.

Uma das opções oferecidas pelas centrais de intercâmbio é a modalidade Au Pair nos Estados Unidos: o brasileiro fica hospedado em uma casa de família e estuda inglês. Em troca, trabalha como babá. “É uma forma diferente de investir em intercâmbio. Ganha-se 9.000 dólares de salário ao ano, o que cobre os custos do programa”, explica Roberto Caldeira, diretor comercial da Experimento. Como normalmente as famílias americanas que contratam os serviços de Au Pair são de classe média e alta, Caldeira acredita que a crise não afetará a oferta dessas vagas.

Braços cruzados – A cautela é de fato indispensável nesse setor, e brasileiros já ficaram sem o trabalho tão esperado. No fim de 2008, 15% dos estudantes da STB tiveram suas vagas canceladas e nem chegaram a embarcar. A mesma situação foi enfrentada por 5% dos estudantes da Experimento. Nem sempre, porém, a culpa é da crise global. “Muitas vezes os empregadores dependem de situações adversas que fogem ao controle deles”, diz Caldeira, citando como exemplo a eventual queda do número de vagas em estações de esqui – consequência da escassez de neve.

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Não é a primeira vez que momentos de incerteza como esse são enfrentados pelas centrais de intercâmbio. Marcos como a desvalorização do real, em 1999, e os ataques terroristas ao World Trade Center, em 2001, também afetaram – com intensidades diferentes – o comportamento e o padrão de compra do consumidor. “Sempre temos três cenários projetados: crise, crescimento muito grande e crescimento natural”, explica Bicalho, da STB. A previsão de crescimento para 2009 foi “conservadora” e, por conta da crise, ficou em 5%. Segundo Victor Hugo Baseggio, a projeção de crescimento da Central de Intercâmbio (CI) também foi revista. “De outubro para cá, nós revisamos nossas ambições e sabemos que haverá um retorno financeiro menor. Crescer 10% em 2009 é um número bastante corajoso. Em outubro, falávamos em crescer até 50%.”

(Natalia Cuminale)

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