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Segunda fase da Fuvest foi completa e exigente, diz professor

Interdisciplinaridade também foi destaque nas questões. Exame terminou nesta terça-feira

Por Bianca Bibiano
7 jan 2014, 20h18

A segunda fase da Fuvest 2014 terminou nesta terça-feira e, de acordo com o coordenador do Anglo Vestibulares, professor Luís Ricardo Arruda, o exame foi completo e exigente. “Os candidatos tiveram provas bem redondas, que cobravam conhecimentos básicos do ensino médio, mas exigiam muita interpretação e calma na hora de responder. Em mais de 40 anos, eu nunca vi uma prova tão inusitada”.

O exame seleciona estudantes para a Universidade de São Paulo (USP) e para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Neste ano, 32.569 candidatos foram aprovados para a segunda fase. O índice de abstenção foi de 8,7% – em 2013 o índice foi de 9,3%.

Para Arruda, já no primeiro dia – quando foram aplicadas as provas de redação e português – o exame surpreendeu. “As questões de literatura foram as mais exigentes. Para que o candidato pudesse responder com tranquilidade, era necessário que ele tivesse estudado o livro com o acompanhamento de um professor, trabalhando a interpretação dos textos”.

O especialista acredita que a proposta da redação também tenha assustado alguns aspirantes à USP. Na prova, foi exigido que o estudante redigisse um texto sobre a discriminação dos idosos para ser publicado em um jornal ou revista. “Ao usar como referência um texto que falava sobre extermínio de idosos no Japão, a proposta saiu do senso comum e confrontou os estudantes, que deveriam expor suas opiniões a respeito do tema”.

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O segundo dia de provas foi marcado pela interdisciplinaridade, explica Arruda. “Foram colocadas 16 questões de sete áreas diferentes, mas 13 delas eram interdisciplinares, ou seja, exigiam conhecimento de duas ou mais disciplinas para serem respondidas. Este ano podemos dizer que a prova foi, de fato, interdisciplinar”.

Uma das questões de matemática, por exemplo, pedia que os candidatos fizessem um cálculo de análise combinatória dos senadores do país. “Não eram conhecimentos profundos de matemática ou geografia, mas, se o estudante não tivesse estudado ambos, não conseguiria resolver a questão”, explica Arruda.

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Já no último dia, Arruda acredita que a prova cumpriu o papel de focar nos conhecimentos específicos de cada área. Nesta terça-feira, os estudantes receberam 12 questões de duas ou três disciplinas que tivessem relação com a carreira escolhida. “É importante que o candidato à Poli [Escola Politécnica da Universidade de São Paulo] mostre que ele tem conhecimentos mais profundos de matemática e que será capaz de acompanhar as aulas na USP”, exemplifica.

Leia ainda: ‘Física foi a disciplina mais difícil’, diz professor do Anglo sobre 1ª fase

Distante da escola pública – Na análise do especialista, apesar de a prova não ter sido difícil, ela estava longe do currículo ensinado a alunos das escolas públicas. “Nas questões de química, por exemplo, foi cobrado o conhecimento de certas experiências de laboratório. O aluno que fez uma escola pública e só teve a decoreba das fórmulas não conseguiria resolvê-las”.

Entretanto, Arruda afirma que, de modo geral, o nível de exigência estava de acordo com os parâmetros de exigência da USP. “Precisamos pensar que é o maior vestibular do país. A Fuvest não pode baixar os níveis das questões”, defende.

Do dia 8 ao dia 10, acontecem as provas de habilidades específicas para cursos que contam com essa modalidade, como arquitetura e música. A primeira chamada de aprovados acontecerá no dia 1º de fevereiro.

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