São Paulo: PM retira estudantes que invadiram Centro Paula Souza
É a segunda vez em seis meses que a autarquia é ocupada
Uma equipe da Força Tática da Polícia Militar retirou estudantes que invadiram nesta quinta-feira, 3, a sede do Centro Paula Souza – autarquia do governo estadual responsável pela administração de Etecs e Fatecs – na região central de São Paulo. A polícia não jogou bombas para garantir a desocupação, mas estudantes disseram que houve golpes de cassetete. Em nota, a assessoria de imprensa do Centro Paula Souza informou que “estudantes invadiram a área externa da sede administrativa da instituição no fim da tarde desta quinta-feira, 3, e foram retirados pacificamente pela Polícia Militar duas horas depois”.
A ocupação foi limitada ao prédio administrativo do complexo, que tem dois edifícios. Para terminar com o ato, um grupo de policiais atraiu a atenção dos manifestantes enquanto outro grupo os cercou, entrando por um acesso lateral. A ocupação era feita por cerca de 30 estudantes das faculdades (Fatecs) e escolas técnicas (Etecs) de São Paulo. Os manifestantes são contra a PEC 241, proposta pelo governo Michel Temer (PMDB), e pedem mais investimentos em políticas de assistência estudantil nas unidades estaduais.
É a segunda vez em seis meses que a sede do Centro Paula Souza é ocupada. No final de abril, os estudantes ocuparam por nove dias o prédio para reivindicar que todas as Etecs do Estado passassem a receber merenda.
Reintegração de posse no Paraná
No Paraná, a Justiça acatou um pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE) na tarde desta quinta-feira e determinou a reintegração de posse de 44 colégios de Curitiba, além do Colégio Estadual do Paraná (CEP), que ainda permanecem ocupados pelos estudantes. O pedido da PGE tem o mesmo teor da solicitação expedida na semana passada, que pedia a reintegração de posse de 25 colégios. No total, ainda há 141 colégios ocupados no Paraná.
Nesta quinta, a liminar foi estendida a outros locais e a juíza da 5ª Vara da Fazenda Pública, Patrícia de Almeida Gomes Bergonse, autorizou a imediata desocupação. Na última sexta-feira, um acordo entre a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Defensoria Pública e o Ministério Público suspendeu a reintegração de posse dos colégios para que fossem desocupados, mas o CEP decidiu não acatar.
(Com Estadão Conteúdo)