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Salas de creches terão crianças de idades diferentes

Portaria municipal autoriza incluir em uma mesma turma crianças entre 2 e 4 anos de idade. Medida é vista com ressalva por especialistas

Por Da Redação
3 Maio 2013, 11h36

A prefeitura de São Paulo vai permitir que as creches coloquem em uma mesma turma crianças entre 2 e 4 anos de idade. A mudança – que tem como objetivo ampliar o número de matrículas, reduzindo as vagas ociosas – é vista com ressalvas por especialistas. “Isso provocará dificuldades pedagógicas: uma criança de 2 anos ainda usa fralda, enquanto uma de 4 já começa a ser sensibilizada para conteúdos de pré-alfabetização”, afirma Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

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De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, salas com crianças mais velhas poderão receber até três alunos de idade inferior. A medida, segundo cálculos da pasta, deverá ampliar em 2% o total de vagas oferecido pela rede, o que representará a inclusão de cerca de 4.000 alunos.

A capacidade atual de atendimento das creches na capital paulista é de 214.900 crianças. No fim de abril, 4.300 vagas destas vagas não estavam ocupadas. As creches municipais vivem um paradoxo: atendem menos crianças do que faziam em dezembro de 2012, ao mesmo tempo em que têm vagas ociosas e uma fila de espera de 94.000 pessoas.

Isso acontece porque as turmas em creches são divididas em quatro agrupamentos: berçário 1 (de 0 até 1 ano), berçário 2 (de 1 a 2 anos), minigrupo 1 (de 2 a 3 anos) e minigrupo 2 (de 3 a 4 anos), sendo que a demanda por berçário tem sido muito maior do que nos outros níveis. E, por necessitar de mais espaço e educadores para cada grupo de alunos, a prefeitura tem tido dificuldades de aumentar os atendimentos. Agora, com a norma que permite formar agrupamentos de pequenos do minigrupo 1 com crianças do minigrupo 2 (até 4 anos), espera reduzir o déficit de vagas.

O Sindicado dos Profissionais em Educação do Ensino Municipal de São Paulo, o Sinpeem, é contra a mudança. A entidade alega que os parâmetros nacionais de qualidade para a educação infantil, do Ministério da Educação (MEC), estipulam que um educador deve atender, no máximo, 15 crianças de 3 anos. Já a norma municipal eleva este número para 25 para os responsáveis por crianças de 3 e 4 anos.

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(Com Estadão Conteúdo)

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