Rio sediará encontro internacional de reitores em 2014
Especialistas do Brasil, Espanha, Estados Unidos, Rússia, Europa, Ásia, África e Oceania discutirão temas relacionados ao futuro do estudo universitário

O Rio sediará no próximo ano o III Encontro Internacional de Reitores Universia, evento que reunirá representantes de 1.100 universidades de 46 países, nos dias 28 e 29 de julho. Durante o encontro, no Riocentro, especialistas em educação do Brasil, Espanha, Estados Unidos, Rússia, Europa, Ásia, África e Oceania discutirão temas relacionados ao futuro do estudo universitário. Emilio Botín, presidente mundial do Banco Santander e da Universia, rede mundial patrocinada pelo banco que reúne 1.240 universidades, apresentou o encontro nesta segunda-feira, no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. E tema do encontro será “A universidade do século XXI: uma reflexão a partir da Ibero-América”.
“Estou seguro de que o encontro no Rio será a cúpula mundial da Educação Superior em 2014 e que suas importantes conclusões serão colocadas em prática com esforço de todos. Investir em educação é investir em igualdade e desenvolvimento. Mais educação e mais universitários significam mais progresso”, disse Botín.
A escolha do Rio para receber o evento, segundo Botín, é um reconhecimento à importância e à qualidade do sistema universitário brasileiro. “Prestamos uma homenagem a todo o sistema universitário público e privado que contribui para que o Rio seja uma referência obrigatória nos grandes debates sobre o futuro do planeta e da humanidade”, disse.
Presidente do Comitê Acadêmico do encontro, o professor Carlos Alexandre Netto, reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, destacou o que considera serem os grandes desafios da educação universitária brasileira: ampliar o acesso dos estudantes e realizar pesquisas que ajudem a solucionar problemas reais da população. “A universidade deve sair de seus muros e, cada vez mais, trabalhar para a população”, disse.
Ao fim do encontro de reitores, os participantes divulgarão um documento com as conclusões dos debates – nos moldes do que ocorre em fóruns globais de meio ambiente e economia, por exemplo. Durante a apresentação, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, destacou o papel da universidade como fator de transformação social. E brincou com Botín, dizendo que quer ver o Brasil vencer a Espanha, na final da Copa do Mundo, marcada para o dia 13 de julho – 15 dias antes do III Encontro Internacional.
“A maior transformação social que podemos observar é o filho do pedreiro virar doutor, graduar-se”, disse Paes. “O Rio permitiu que o papa Francisco ficasse mais perto de Deus durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). E vai permitir que a seleção brasileira seja a campeã da Copa. A Espanha vai ficar em segundo”, disse, provocando o convidado espanhol.