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Quatro a cada cinco escolas da rede estadual de São Paulo têm turma sem professor

Documento entregue pelo governo ao Ministério Público aponta déficit de 49.085 docentes. Situação mais crítica é a da disciplina de matemática

Por Da Redação
5 ago 2013, 10h38

O estado de São Paulo tem um déficit de 49.085 professores efetivos na rede estadual de ensino – 21% dos cargos necessários. Para atender aos alunos, o governo lança mão de 49.000 docentes temporários, mas ainda assim o número é insuficiente: no fim do primeiro semestre deste ano, a rede estadual tinha 4.800 turmas sem aula de alguma disciplina. Ou seja, é como se quatro em cada cinco escolas tivessem uma turma sem professor.

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Os dados são da Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos da Secretaria de Estado de Educação e estão em um documento encaminhado ao Ministério Público.

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A maior necessidade de professores é para a área de matemática, que registra déficit de 10.508 efetivos. Dessa forma, 833 turmas estão sem aulas da disciplina. Em seguida, as especialidades mais prejudicadas são português, geografia e educação artística.

A falta de professores atinge todo o estado. O levantamento entregue ao Ministério Público, datado de 7 de junho, aponta que apenas 9 de 91 diretorias estaduais de ensino apresentavam todas as aulas preenchidas.

A situação é mais complicada na capital e região metropolitana. Na diretoria de Suzano, por exemplo, havia 260 aulas sem professor. Na capital, as zonas leste e sul registram os maiores números de aulas livres. Juntas, concentram 78% das lacunas. Na zona leste, 203 turmas estavam sem professor de matemática e na zona sul, 144.

A Secretaria de Educação defende que os alunos podem ter ficado sem a aula da disciplina, mas há professores eventuais. Segundo o chefe de gabinete da pasta, Fernando Padula, faltam 200 professores para suprir essas aulas não atribuídas. “Não quer dizer que não teve professor, teve atividade com professor eventual”, diz. “São dois problemas: a falta de professores e professores que faltam. Nem sempre a escola tem à disposição professor de determinada disciplina. Há um problema nacional de falta de docente para a área de exatas.”

O Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc), do Ministério Público Estadual, acompanha o tema do absenteísmo e falta de professores na rede. “Qualquer solução para a educação tem pouca efetividade sem o professor. É um cenário de desresponsabilizar, da secretaria aos professores”, afirma o promotor João Paulo Faustinoni e Silva.

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(Com Estadão Conteúdo)

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