Professores do Rio decidem manter greve e saem em passeata
Grevistas aprovaram em assembleia manutenção da paralisação parcial iniciada em 12 de maio

A greve de professores estaduais e municipais do Rio, julgada ilegal, será mantida pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). A decisão dos grevistas foi tomada em assembleia na tarde desta quinta-feira, pouco antes de um grupo de grevistas partir em protesto pelo centro da capital. A adesão, nas redes municipal e federal, é pequena, insuficiente para paralisar escolas. Mas há um número não informado de alunos prejudicados. A insistência da categoria em manter professores de braços cruzados desde 12 de maio já mobiliza algo inédito: pais de alunos, que têm total interesse nas reivindicações por melhores salários e condições de trabalho para os mestres, organizam protestos contra a greve.
Imediatamente depois da votação, os grevistas saíram em passeata até a Igreja da Candelária, com parada programada para a frente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) – local de intensos confrontos com a Polícia Militar desde o ano passado. A categoria reivindica 20% de reajuste salarial para todos os funcionários, destinação de um terço dos horários da grade para planejamento das aulas e 30 horas semanais para os funcionários.
A próxima assembleia será no dia 13 de junho, um dia depois do jogo de abertura da Copa do Mundo, entre Brasil e Croácia. Até a seleção brasileira já foi alvo do grupo, que invadiu um hotel próximo ao aeroporto do Galeão, no dia da apresentação do time para o Mundial. Os grevistas planejam um cronograma com atos diários até a data da nova reunião. No mesmo dia, está prevista uma audiência no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) com representantes do sindicato e do governo.
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(Com Estadão Conteúdo)