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Políticos consideram graves os indícios de irregularidades revelados em inquérito da PF sobre vazamento do Enem

Congressistas de quatro partidos pedem providências do MEC e do Ministério Público que evitem a desmoralização do exame

Por Paula Reverbel
20 dez 2011, 14h11

Lideranças políticas julgaram graves os indícios de irregularidades na realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011 que constam do inquérito em andamento da Polícia Federal, ao qual VEJA.com teve acesso com exclusidade. Testemunhas confirmaram que o vazamento das 14 questões do exame federal deste ano não se restringiu aos estudantes do Colégio Christus, de Fortaleza – o MEC foi informado pela PF a respeito há mais de um mês, mas não tomou qualquer atitude. Além disso, depoimentos que fazem parte da investigação indicam falhas no pré-teste do Enem, prova realizada em outubro de 2010 que pretendia calibrar questões para o exame federal: ao contrário do que prega o MEC, a fiscalização do pré-teste ficou a cargo do próprio Christus.

Leia mais:

Pré-teste do Enem foi irregular

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Tema em Foco: O vazamento do Enem 2011

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que tem criticado os tropeços do ministério, afirmou que a pasta atuou de maneira criminosa no episódio do vazamento, furtando-se a tomar uma decisão sobre o vazamento maior: “Omissão é crime”, disse Torres. “Evidentemente, o colégio todo sabia o que estava acontecendo e o MEC não tomou nenhuma providência.” O parlamentar afirmou que pretende acionar o Ministério Público, pedindo que sejam tomadas ações cabíveis. “Se possível, vamos anular a prova.”

Cyro Miranda (PSDB-GO), membro da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, afirmou que os seguidos problemas na realização do Enem minaram a credibilidade do exame. “O MEC encobriu os erros para que não se tornasse em uma espécie de réu confesso”, disse. Para evitar novo fiasco durante a edição 2012 do exame, o senador pretende cobrar medidas do MEC. “Se o ministério não tomar as providências, vamos tentar evitar a aplicação da prova.”

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), também da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, classificou as revelações do inquérito da PF de “trágicas”. “Se as informações provenientes dos depoimentos se confirmarem, será muito difícil manter o resultado do Enem como parte do processo de seleção das universidades, pois os indícios levantam suspeitas contra todo o processo do exame”, disse. “Será preciso tomar uma medida muito dura: cancelar as provas de todos os alunos que tiveram acesso privilegiado a questões ou pior: cancelar todo o exame.”

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O deputado federal Efraim Filho (DEM-PB) – antigo defensor da realização do exame, mas crítico dos procedimentos do MEC – focou suas observações sobre a responsabilidade do ministro Fernando Haddad. “Como ele é pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o MEC não tomou providências, por medo da repercussão política do caso”, disse. “O vestibular era o grande carrasco dos estudantes, e agora eles têm o Enem.”

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