Piolhos e água contaminada levam USP Leste a antecipar férias
Interrupção das atividades prejudica o trabalho de grupos de pesquisa
Uma infestação de piolho de pombos e a contaminação da água obrigaram a diretoria do campus Leste da Universidade de São Paulo (USP) a antecipar em uma semana as férias de final de ano na unidade. A partir desta segunda-feira todos os estudantes estão dispensados. Apesar do semestre letivo já ter sido concluído, a interrupção das atividades prejudicou o trabalho de grupos de pesquisa que tinham reuniões agendadas para os próximos dias.
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Todos os bebedouros do campus estão interditados. Alunos, professores e funcionários recebem galões de água para consumo. Segundo a universidade, a limpeza dos reservatórios, iniciada no fim de semana, se estenderá até terça-feira. A diretoria da USP também informou que uma empresa especializada realiza, nesta segunda-feira, uma inspeção detalhada no campus para planejar ações de remoção dos ácaros e piolhos de pombos durante o recesso escolar.
No fim de novembro, alunos e professores relataram o surto de piolho. Alguns deles dizem ter sido picados pelos parasitas. Com coceira e feridas, uma das professoras procurou um dermatologista e foi diagnosticada com escabiose (sarna).
Contaminação – No último dia 9, a USP foi notificada sobre uma liminar judicial exigindo a suspensão das aulas na unidade em um prazo de 30 dias em razão da contaminação do solo por gás metano. Como a contagem do prazo será suspensa do dia 20 deste mês até o dia 6 de janeiro, em razão do recesso do Ministério Público Estadual (MPE), a USP terá até os últimos dias de janeiro para encontrar um novo local para as aulas. A unidade disse que vai recorrer da decisão.
(Com Estadão Conteúdo)