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Para candidatos, tema da redação do Enem será corrupção

Preocupação sobre o tempo e a dissertação domina os estudantes de Brasília no segundo e último dia de provas do Enem 2011

Por Luciana Marques, de Brasília
23 out 2011, 13h54

Enem: cobertura completa

Confira o gabarito do sábado:

Provas azul, amarela, branca e rosa

Confira o gabarito do domingo:

Provas azul, amarela, branca e rosa

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A preocupação sobre o tema da redação dominou os estudantes de Brasília que aguardavam o horário para o início do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011. Muitos acreditavam que o assunto da dissertação estará ligado às denúncias de corrupção contra políticos e às marchas a favor da lei da Ficha Limpa.

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Para Camila Helou, de 17 anos, o tema foi bastante explorado no primeiro dia do exame. “Ontem, a prova trazia uma questão sobre o impeachment do Collor. Acho provável que caia algo sobre manifestações contra a corrupção na redação hoje”, disse. A estudante Luiza Delfino, de 16 anos, também acredita que o tema da redação será relacionado à política. “O tema geralmente deixa a gente com o pé atrás, não sabemos o que esperar”, afirmou. “Acho que o tema será sobre política e ética”. Luiza está entre os milhares de estudantes que estão fazendo o Enem apenas para testar o conhecimento, já que ainda cursa o segundo ano do Ensino Médio.

Além do assunto da redação, os alunos temem não conseguir escrevê-la até o final. “Para mim, o tempo é o meu maior inimigo”, afirmou Danilo Muniz, de 17 anos. Ele fará o Enem para disputar uam bolsa de estudos do Programa Universidade Para Todos (ProUni).

No Rio de Janeiro, a preocupação era com a prova de matemática. Minutos antes da prova, Adriano Luppe, de 16 anos, relembrava a Bhaskara – fórmula de nome estranho que estava na ponta da língua do participante. Adriano, que quer fazer economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diz que fórmulas e cálculos não o assustam. Na prova deste sábado, ele acertou ao menos 60 questões e está confiante de que vai pontuar mais neste domingo.

Em São Paulo, um “professor” tirava dúvidas de última hora e encorajava os estudantes. Na Zona Oeste, Márcio Antônio Barbosa ensinava técnicas para calcular raíz quadrada e outras operações matemáticas que costumam assustar os menos preparados. O show foi bem recebido pela platéia de cerca de 20 pessoas. “Sempre que ocorrem esses concursos e vestibulares, ensino técnicas para cálculos mirabolantes”, diz o rapaz, que passa os dias no Largo da Batata vendendo kits de estudo de matemática. Luciana Godoi, de 19 anos, é uma das e a aula. “Eu estava estudando por uma apostila com soluções complicadas. Resolvi vir aqui aprender um pouco mais. Sempre há tempo de receber dicas.”

Atraso – Assim como no sábado, milhares de estudantes chegaram atrasados nos locais de prova. Em Brasília, uma candidata grávida saiu correndo ao ouvir a buzina indicando que o portão deveria fechar. “Estou grávida e meu ônibus atrasou”, disse ao segurança na entrada. Mas já era tarde e a jovem ficou de fora do exame.

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Na capital fluminense, ao chegar atrasado, Alan Fernandes de Souza, de 18 anos, ganhou seus minutos de fama. A correria em direção ao portão da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) foi acompanhada por repórteres, fotógrafos e câmeras de TV. Assim que recebeu a negativa dos fiscais para entrar, Alan dirigiu-se para os microfones, tentando explicar o atraso. “Foi o trânsito. Estou rindo de nervoso. Mandei bem na prova ontem, fiz curso preparatório”, disse o jovem, que tenta vaga para o curso de Direito. “Agora é esperar pelo ano que vem.”

Além de Alan, pelo menos outros cinco perderam o horário e a chance de fazer o Enem na UERJ. Os fiscais bem que tentaram ajudar. Um fiscal viu a aproximação de uma participante da prova e atravessou a rua para apressá-la. Enquanto o trânsito não permitia a passagem dos dois, o fiscal gritava “segura, segura!”, para que seus colegas deixassem um fresta no portão para ela passar. Foi a última. Depois chegou Alan.

Após conceder entrevistas, Alan, que além de estudar trabalha em um supermercado, se emocionou e deixou o local chorando. “Hoje não deu. Fazer o quê?”.

Em São Paulo, também houve atrasos e lamentações. O estudante Henrique Marques Souza foi o primeiro a encontrar os portões fechadas na Uninove, na Zona Oeste de São Paulo. Ele saiu de sua casa, na Freguesia do Ó, pouco depois do meio-dia, mas não chegou a tempo. “A lotação atrasou”, lamentou. “Ontem cheguei adiantado”.

Minutos depois das 13h, a estudante Neide Xavier, de 27 anos, chegou ao local da prova. “Por favor, me deixe entrar”, pedia aos seguranças do local. O pedido foi em vão. Neide ficou de fora do último dia de provas do Enem 2011. Jaqueline Bastos também. “Eu tinha me saído bem na prova de ontem”, disse.

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*Com reportagem de Luis Bulcão, do Rio de Janeiro, e Fernanda Nascimento, de São Paulo

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