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O caminho rumo às melhores universidades do planeta

Entenda as regras de seleção de alunos das principais instituições norte-americanas e britânicas. E confira depoimentos de estudantes que estão lá

Por Nathalia Goulart
22 out 2010, 21h48

Cerca de 24 000 brasileiros estudavam em universidades estrangeiras em 2009, boa parte deles em cursos de graduação, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em países centrais, como Estados Unidos e Grã-Bretanha, a presença brasileira é crescente. A procura por instituições de ensino superior nessas nações subiu 15% neste ano, segundo o Departamento de Estado norte-americano e o British Council, órgão britânico de promoção de educação e cultura. Parte desses brasileiros procura instituições de ponta. Algumas delas figuram nas primeiras posições do ranking de melhores universidades do mundo organizado pela publicação britânica Times Higher Education. É o caso de Harvard (número 1 da lista), Stanford (4ª), MIT, o Massachusetts Institute of Technology (3º), e Oxford (6º).

Suzan Gabrielle
Suzan Gabrielle (VEJA)

VEJA conversou com brasileiros que aprimoram seus conhecimentos nesses centros de excelência intelectual para saber como eles driblaram a concorrência e conseguiram a senha de acesso para as mais prestigiadas instituições do planeta. O site também reuniu informações acerca do processo formal de seleção para a admissão, que mostra quais são as exigências dessas escolas. Enfim, são dicas para quem quer chegar lá.

O processo de seleção das universidades estrangeiras é rigoroso, muito rigoroso. Acostumadas a promover conhecimento em alto nível, essas instituições procuram os melhores cérebros do planeta para perpetuar sua fama. Até pagam para que eles estejam lá. Consequentemente, a disputa por uma vaga é acirradíssima. Por isso, é claro, o candidato deve se preparar para conquistar o seu lugar. Somar notas altas durante os três anos do ensino médio e apresentar médias elevadas nos exames de proficiência são passos fundamentais. Mas não são toda a lição de casa.

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Nikolas Lubel
Nikolas Lubel (VEJA)

Além de exigente, o processo de seleção é “holístico”. Ou seja, não avalia apenas o desempenho acadêmico do candidato. Conseguem se destacar dos demais os estudantes que possuem qualidades para além do currículo escolar. Pode-se dizer que as universidades de ponta procuram gente que tem algo a acrescentar ao mundo. Daí, os candidatos serem instados a apresentar redações em que expõem sua visão do mundo – e, por vezes, seu projeto para atuar nele. É algo inesperado para os estudantes brasileiros, acostumados a responder questões de vestibular. O caráter de tal processo de seleção provoca um comentário curioso por parte da brasileira Susan Gabrielle, aluna de ciências políticas do MIT: “As melhores instituições estrangeiras de ensino superior não têm necessariamente as mentes mais brilhantes, mas as mais apaixonadas”, diz.

Flávia Medina
Flávia Medina (VEJA)
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Entre tantos exames e documentos, o processo de admissão pode ser extenuante para um estudante brasileiro familiarizado com o vestibular. Mas o esforço vale a pena. E os brasileiros já perceberam isso. “Não são apenas as estatísticas que mostram que cresce o interesse do brasileiro pelas universidades estrangeiras de ponta. Nosso contato com esses estudantes em feiras realizadas em todo o país nos diz a mesma coisa”, afirma Rodrigo Gaspar, gerente de marketing e comunicação do British Council.

Algumas razões ajudam a explicar o interesse crescente dos candidatos locais. “A principal delas é a aliança entre evolução da economia e a percepção de que a educação é a ferramenta decisiva para o desenvolvimento profissional”, afirma Gustavo Ioschpe, economista, especialistas em educação e colunista de VEJA. Gaspar, do British Council, adiciona: “Existe uma percepção cada vez maior de que é preciso se diferenciar no mercado de trabalho. E um curso no exterior proporciona isso.”

Os avanços tecnológicos também participam desse processo. “As informações circulam mais facilmente no mundo globalizado. As pessoas estão tendo conhecimento mais cedo das oportunidades”, diz Andreza Martins, coordenadora nacional do EucationUSA, órgão do governo norte-americano que se dedica a aproximar candidatos e universidades americanas. “Com telefone e internet à mão, os pais já não se sentem tão apreensivos com os filhos tão distantes.” Aos estudantes que ousam, portanto, mãos à obra.

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