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Notas de alunos de São Paulo sobem, mas ficam abaixo do desejado

Em todas as séries, os estudantes estão abaixo do nível considerado adequado pelo Saresp, que avalia conhecimentos de português e matemática

Por Bianca Bibiano
9 fev 2015, 14h50

O governo do Estado de São Paulo divulgou nesta segunda-feira a nota dos estudantes da rede estadual no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) referente ao ano letivo de 2014. Os resultados mostram uma ligeira melhora na nota dos estudantes dos ensinos fundamental e médio nas disciplinas de língua portuguesa e matemática.

Em comparação com 2013, o resultado médio de língua portuguesa no 5º ano do ensino fundamental subiu de 199,4 para 203,7 pontos. No 9º ano, o avanço foi de 226,3 para 231,4 pontos. Já no 3º ano do ensino médio a nota passou de 262,7 para 265,6.

Em matemática, as notas também subiram. No 5º ano, de 209,6 para 216,5 pontos; no 9º ano de 242,6 para 243,1 pontos; e no 3º ano do ensino médio de 268,7 para 270,4 pontos. Em nenhuma das etapas e disciplinas avaliadas, contudo, a nota dos estudantes atingiu a pontuação considerada desejável de acordo com a escala de notas utilizada pela rede estadual de ensino.

De acordo com a escala do governo estadual, para estar em nível adequado de matemática, o estudante deve atingir nota acima de 225 pontos no 5º ano; acima de 300 pontos no 9º ano e acima de 350 pontos no ensino médio. Já em língua portuguesa, a pontuação mínima no nível considerado adequado é de 200 pontos no 5º ano; 275 no 9º ano e 300 no ensino médio.

No ensino médio, o resultado dos alunos na prova de português ficou abaixo da média de 2012, com 268,4 pontos. Já a média de matemática voltou ao patamar de 2012 – 270,4 pontos (confira a evolução das notas na tabela ao lado).

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Saresp 2014
Saresp 2014 (VEJA)

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“O histórico das notas mostra um avanço real no ensino fundamental, mas no ensino médio não é possível dizer que houve melhora consistente. A nota apenas retornou para o que era há dois anos”, avalia Mozart Ramos Neves, diretor do Instituto Ayrton Senna. “Resta saber se essa pequena evolução será mantida”, diz.

Para o especialista em educação pública, os resultados mostram a necessidade de uma análise centrada nos problemas regionais do Estado. “Os municípios de São Paulo apresentam resultados muito distintos. Alguns conseguiram melhorar no médio prazo, enquanto outros continuam estagnados em níveis baixos de aprendizado. A secretaria de educação precisa, agora, procurar diferentes remédios para enfrentar as peculiaridades de cada cidade.”

A prova do Saresp é realizada anualmente e serve para direcionar o trabalho dos professores ao longo do ano letivo. Este ano, a prova vai servir também para definir quais estudantes farão reforço três vezes por semana depois das aulas para melhorar as notas. A rede estadual de São Paulo é a maior do Brasil e concentra cerca de 4 milhões de estudantes.

Em nota, o secretário de Educação Herman Voorwald comemorou o avanço no Saresp. “É um resultado satisfatório, não há dúvida. Mas em educação o avanço é sempre em longo prazo. O Saresp é importante porque avalia os programas já implementados e direciona novas ações.”

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