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Meninos têm pior desempenho escolar, mas recebem mais incentivo para o trabalho

Pesquisa da OCDE mostra que estudantes do sexo masculino têm notas mais baixas. Ao mesmo tempo, eles recebem mais incentivo para entrar no mercado de trabalho e, quando empregados, ganham mais

Por Da Redação
5 mar 2015, 18h25

Dois relatórios divulgados nesta semana comprovam o que muitos professores já sabiam: os meninos têm pior desempenho escolar do que as meninas. Por outro lado, eles são mais incentivados a trabalhar e, quando empregados, recebem salários mais altos que suas colegas do sexo feminino.

O primeiro levantamento, realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e divulgado nesta quinta-feira, trata do baixo desempenho escolar dos estudantes. O estudo, que analisou 64 países ou regiões econômicas delimitadas (como Xangai), mostra que as dificuldades de aprendizagem são maiores entre meninos do que entre meninas. Em média, 15% dos meninos têm baixo índice de aprendizagem aos 15 anos. Entre as meninas, a taxa cai para 9%.

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A desigualdade de gêneros nas escolas foi registrada em todas as localidades analisadas pela OCDE. No Brasil, por exemplo, 45% dos meninos têm baixo índice de aprendizagem, taxa que cai para 40% entre as meninas. A maior diferença entre gêneros foi identificada na Jordânia, onde o baixo nível de aprendizagem atinge pouco mais de 20% das alunas, mas chega a 55% entre os garotos. Já na província de Xangai, na China, estudantes de ambos os sexos têm desempenho semelhante – e, ao mesmo tempo, excelente, pois a economia tem a melhor taxa de desempenho escolar do mundo: menos de 5% dos alunos têm dificuldade com lições de matemática, leitura e ciências.

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A falta de interesse dos meninos nos estudos não se resume às atividades dentro da sala de aula. Segundo o relatório da OCDE, eles gastam uma hora a menos com lição de casa do que as meninas.

Contradição – Apesar da pior performance escolar, os meninos se destacam nas atividades que exigem conhecimentos de matemática e ciências. A explicação para isso, diz a OCDE, estaria na ansiedade e na falta de autoconfiança das garotas, que relatam dificuldade em aplicar conhecimentos científicos e matemáticos para explicar situações do cotidiano. O estudo mostra ainda que apenas 5% das estudantes demonstram interesse em seguir carreiras vinculadas à engenharia e computação. Em todos os países, a propensão para seguir essas áreas é maior entre meninos.

Quando estão no ensino médio, os meninos também relatam receber mais orientação profissional e preparação para entrevistas de emprego, diz a OCDE. A parcela de alunos do sexo masculino que disseram ter esse tipo de formação foi 10 pontos percentuais maior do que a parcela de meninas. O destaque no mercado profissional, independente do desempenho escolar, também recai sobre os homens que, já adultos, recebem salários maiores que as mulheres. Entre os brasileiros, o salário médio para o sexo masculino é de 1.342 reais, enquanto entre as mulheres a média é de 1.075 reais – diferença de 297 reais, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgada na quarta-feira.

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(Da redação)

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