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MEC vai fazer teste de proficiência em inglês nas federais

Ministério da Educação vai contratar empresa certificadora do Toefl, teste de proficiência do inglês aceito nas universidades estrangeiras. Anúncio ocorre depois de 110 brasileiros voltarem ao país por falta de fluência no idioma

Por Da Redação
30 abr 2014, 10h22

O Ministério da Educação vai aplicar 430.000 testes de certificação em inglês para alunos, professores e funcionários das universidades federais. O plano é fazer um diagnóstico da proficiência na língua na rede para subsidiar programas como o Ciência Sem Fronteiras, que envia alunos ao exterior. O MEC quer aplicar a primeira etapa entre 13 de maio e 9 de junho, prazo visto como “apressado” por docentes das instituições.

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Um comunicado do governo chegou nesta semana às instituições de ensino, que devem fazer o cadastro e definir esquema de aplicação até o dia 6 de maio. “Avisar assim em cima da hora é complicado, parece muito apressado para organizar tudo”, disse uma docente de uma universidade federal, que pediu anonimato.

Os certificados para os alunos serão emitidos pela empresa Mastertest, certificadora do Toefl (teste internacional de proficiência do inglês aceito nas universidades estrangeiras). O ministério não informou quanto vai pagar à empresa, mas disse que será um valor “muito inferior ao teste convencional”, que custa R$ 260.

Em uma primeira etapa, as universidades, que serão as responsáveis pela organização dos exames, deverão dar preferência aos alunos. O MEC informou que haverá ainda uma aplicação no segundo semestre.

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O teste será de nivelamento, mas os participantes poderão ser priorizados nas matrículas de cursos presenciais de inglês. Como forma de incentivo à participação dos estudantes, o MEC sugere às instituições que as certificações possam ser contabilizadas como atividade extracurricular ou de extensão. O diagnóstico também servirá de base para alocação de recursos a partir de 2015.

O presidente da Associação Nacional dos Reitores das Instituições Federais (Andifes), Jesualdo Farias, reconhece que é uma “meta ousada” por causa do prazo. “Há certa inquietação das pessoas diretamente envolvidas, mas a realização do diagnóstico é muito positiva e precisamos definir o orçamento do ano que vem até o meio do ano”, disse Farias. Ao falar sobre o cronograma, o comunicado ainda ressalta que a “avaliação diagnóstica” influenciará a definição de transferência de recursos para o ano que vem.

Retorno – A convocação para a certificação ocorre ao mesmo tempo que um grupo de 110 bolsistas do Ciência sem Fronteiras começa a voltar do Canadá e da Austrália sem ter feito nenhuma atividade na universidade estrangeira – o motivo foi a incapacidade de se comunicarem em inglês. O retorno dos bolsistas, que ficaram seis meses nos países, foi revelada no início do mês pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), eles não alcançaram o nível de fluência no idioma e não puderam iniciar as atividades nas faculdades. Os bolsistas afirmam que os cronogramas e o contrato não foram respeitados. Eles haviam sido aprovados para universidades de Portugal, mas foram transferidos após alterações no edital feitas pelo MEC. Parte dos estudantes já embarcou na terça-feira. O Ministério da Educação e a Capes não informaram quanto foi gasto com esses bolsistas nem quantos outros estudantes estão nessas condições.

A certificação nas universidades é considerada uma segunda etapa do programa Inglês Sem Fronteiras, criado no fim de 2012 para melhorar o nível de inglês dos bolsistas do Ciência Sem Fronteiras. O programa com foco no idioma ofereceu dois milhões de senhas de acesso a estudantes de graduação e pós para a plataforma My English Online (MEO), de ensino da língua.

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(Com Estadão Conteúdo)

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