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Jovens postergam entrada no mercado de trabalho

Um dos motivos é o aumento da presença dos jovens na escola. Em apenas dez anos, o número de matriculados no ensino superior cresceu 150% em todo o país

Por Da Redação
19 jul 2010, 15h10

Os dados mais recentes do Ministério da Educação (MEC), referentes ao censo da educação superior, indicam 4,880 milhões de matriculados em 2007, ante 1,946 milhão em 1997

Nos últimos seis anos, cerca de 425 mil jovens de 18 a 24 anos, ocupados ou em busca de ocupação, deixaram de pressionar o mercado de trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil. A grosso modo, se quantidade semelhante de jovens estivesse no mercado, a taxa de desemprego metropolitano, hoje em 7,5% da população economicamente ativa (PEA), poderia ficar próxima de 10%. Um dos motivos é o aumento da presença dos jovens na escola.

Em apenas dez anos, o número de matriculados no ensino superior cresceu 150% em todo o país. Os dados mais recentes do Ministério da Educação (MEC), referentes ao censo da educação superior, indicam 4,880 milhões de matriculados em 2007, ante 1,946 milhão em 1997.

Esse movimento é facilitado pelo cenário econômico mais favorável dos últimos anos. O aumento do emprego e renda tem permitido que um número crescente de jovens continue a estudar ou volte a freqüentar salas de aula, em vez de procurar uma ocupação para reforçar o orçamento familiar.

Mudança demográfica – Outro fator que reduz a pressão dos jovens no mercado de trabalho é que o ritmo de crescimento da população brasileira está diminuindo a uma velocidade maior que a esperada. Mais que isso, as dinâmicas são diferentes, e até opostas, entre diferentes grupos por faixas etárias. Enquanto a participação dos mais jovens na força de trabalho encolhe, a da população de mais de 50 anos é a que mais cresce, refletindo a forte expansão demográfica do passado.

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Os jovens de 18 a 24 anos, que representavam 15,1% da população em idade economicamente ativa das principais regiões metropolitanas do País em 2003, passou a responder por 12,6% no ano passado. “Três pontos porcentuais é uma queda e tanto”, diz o gerente da pesquisa mensal de emprego do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo. Nesse mesmo período, a fatia dos trabalhadores com 50 anos ou mais saltou de 24,9% para 30,2%.

A população está envelhecendo porque a taxa de natalidade tem caído num ritmo maior que o da mortalidade. Em pouco mais de 40 anos, da metade da década de 1960 até 2006, a taxa de fecundidade brasileira passou de 6,2 filhos por mulher para 1,8 filho, segundo dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), divulgados pelo IBGE em 2008.

(Agência Estado)

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